Fluminense SAF: Reunião do Conselho Deliberativo Desvenda Próximos Passos

A comunidade tricolor terá a oportunidade de aprofundar seu conhecimento sobre o projeto de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube nesta segunda-feira, dia 8 de novembro. Uma sessão do Conselho Deliberativo será promovida pela diretoria para apresentar as mais recentes atualizações e discussões pertinentes ao assunto. O evento está agendado para as 20h (horário de Brasília) no Salão Nobre das Laranjeiras e contará com transmissão ao vivo pela FluTV, garantindo acesso aos interessados. Embora os sócios possam comparecer presencialmente, a capacidade será limitada em virtude das restrições de espaço físico.

É fundamental ressaltar que a natureza deste encontro é estritamente informativa, conforme detalhado na pauta distribuída aos conselheiros, e não prevê qualquer tipo de votação. A expectativa primordial é a apresentação formal da proposta elaborada pelo fundo gerido pela LZ Sports, que congrega um grupo de quinze torcedores com elevado poder aquisitivo, dispostos a partilhar cotas das ações do setor de futebol do clube.

O rito processual para a implementação da SAF exige, primeiramente, a aprovação por parte do Conselho Deliberativo. Somente após esta etapa, uma Assembleia Geral será convocada, conferindo aos sócios o poder de decidir, por meio de votação, a aceitação ou não da alteração estrutural. A diretoria do clube, ademais, manifestou a intenção de aguardar a conclusão do pleito presidencial, previsto para a segunda quinzena de novembro, antes de dar prosseguimento definitivo ao processo de alienação do futebol.

O Caminho Percorrido: Histórico da SAF no Fluminense

A discussão sobre a SAF não é recente no Fluminense. A última reunião do Conselho Deliberativo dedicada a este tema ocorreu em 14 de abril. Naquela ocasião, o Fluminense detalhou os contornos do projeto e elucidou o modelo que pretendia implementar. Foi enfatizado, então, que toda a documentação pertinente seria submetida ao conselho e que a decisão final caberia aos sócios-futebol, proprietários e contribuintes, reiterando o compromisso com a participação democrática.

O modelo de Sociedade Anônima do Futebol proposto pelo Fluminense delineia a aquisição de cotas da empresa que administrará o futebol por um grupo de quinze torcedores milionários. Neste arranjo, o fundo composto pelos tricolores atuaria como acionista majoritário da SAF, enquanto a associação manteria uma posição minoritária. Caso a proposta obtenha a aprovação necessária, o atual presidente do clube, Mário Bittencourt, é cotado para assumir um papel de destaque na SAF, possivelmente na função de CEO.

Detalhes Financeiros e Perspectivas de Investimento

O fundo, cuja estruturação está a cargo da Lazuli Partners, projeta um investimento substancial de R$ 6 bilhões no departamento de futebol tricolor ao longo dos próximos anos. Além desse aporte significativo, o fundo se comprometeria a assumir a dívida atual do clube, que totaliza R$ 865 milhões. A premissa central dessa estratégia é priorizar os resultados esportivos como principal objetivo, antes de buscar o retorno financeiro do investimento.

A administradora do fundo, LZ Sports, está avaliando a criação de um mecanismo que permitiria a sócios com menor poder aquisitivo a participação no investimento, mediante a compra de cotas de R$ 200 mil. Essa oportunidade seria direcionada, sobretudo, aos sócios-torcedores do clube, conforme informações divulgadas pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo". Atualmente, a cota mínima para investidores interessados é de R$ 10 milhões, restringindo a participação a um seleto grupo de milionários.

Para clarear os números envolvidos na transação, apresentamos um resumo:

Próximos Passos e a Decisão Final dos Sócios

A trajetória da SAF no Fluminense ainda reserva etapas cruciais. Após a fase informativa no Conselho Deliberativo, e a eventual aprovação inicial, a pauta seguirá para a Assembleia Geral, onde a voz dos sócios será decisiva. A expectativa de aguardar o processo eleitoral para a presidência do clube demonstra uma cautela estratégica da diretoria, visando a estabilidade e a legitimidade para uma decisão de tamanha envergadura. O futuro do futebol tricolor, portanto, está em um ponto de inflexão, com a comunidade fluminense atenta aos desdobramentos dessa transformação.