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Fluminense Eliminado do Mundial: VAR e Controvérsias Marcam Despedida do Tricolor
Por Redação FutFlu em 31/08/2025 16:05
A jornada do Fluminense no Mundial de Clubes chegou ao fim na última terça-feira (8), com uma derrota por 2 a 0 para o Chelsea, no MetLife Stadium. O revés na semifinal não apenas selou a despedida tricolor da competição, mas também catalisou uma intensa discussão acerca das normativas do torneio e das decisões arbitrais que permearam o confronto.
A Controvérsia Arbitral que Marcou a Despedida Tricolor
Um dos pontos mais inflamados da partida, e que reverberou intensamente na imprensa internacional, foi a atuação da arbitragem. Jornais europeus, como o espanhol Marca, não hesitaram em classificar como um "erro grave" a não assinalação de um pênalti claro, após toque de mão de Chalobah dentro da área.
A decisão do árbitro francês François Letexier de anular a marcação, após uma controversa consulta ao VAR, provocou imediata indignação e ampla repercussão nas plataformas digitais, com muitos questionando a imparcialidade do processo e a validade de tais intervenções em momentos cruciais. Este incidente, por si só, já lançou uma sombra sobre a lisura do confronto.

Desempenho em Campo e o Regulamento Sob o Microscópio
No plano tático e individual, as críticas também não tardaram. Durante a transmissão, o comentarista Roger Flores foi incisivo ao apontar as falhas de Thiago Santos, destacando seus passes perigosos na segunda etapa. Na visão de Flores, o defensor já "fazia hora extra" em campo e a sua substituição deveria ter sido providenciada com urgência, dada a sua instabilidade no setor defensivo.
Por sua vez, Casimiro, em sua plataforma, direcionou o foco para o goleiro Sánchez, instigando o artilheiro Cano a arriscar finalizações de longa distância. O centroavante, contudo, teve uma performance discreta e foi retirado de campo logo aos oito minutos do segundo tempo, evidenciando a dificuldade em furar o bloqueio adversário e a necessidade de uma estratégia ofensiva mais diversificada.
Além das questões puramente de campo, o regulamento da competição também foi alvo de questionamentos. O jornalista Eric Faria, por exemplo, ressaltou a controvérsia da inscrição de João Pedro, que ocorreu com o torneio já em andamento. O atacante, que inclusive marcou dois gols contra a equipe tricolor, teve sua regularização facilitada por uma janela de transferências extraordinária aberta pela FIFA durante a disputa. Faria, em sua análise na Globo, ponderou: "Todo mundo pode fazer? Sim. Mas nem todo clube tem milhões de euros para comprar jogador. Isso desequilibra a competição". Tal observação levanta um debate profundo sobre a equidade nas condições de disputa entre clubes com diferentes poderes aquisitivos.
Reconhecimento Internacional e os Desafios Estruturais para o Futuro Tricolor
Contudo, a despeito da eliminação e das críticas pontuais, o Fluminense não deixou de colher reconhecimento internacional. Publicações de peso como AS, Marca, Gazzetta e The Sun teceram elogios à performance do clube. O jornal AS, em particular, prognosticou que a exibição tricolor "ficará na memória por muitos anos", enaltecendo a postura da equipe mesmo diante de um calendário exaustivo e desafiador.
A mesma publicação, entretanto, não deixou de alertar para os desafios futuros: a composição de um elenco com média de idade elevada, um calendário de jogos implacável e a premente necessidade de buscar um novo atacante para dividir a responsabilidade ofensiva com Cano. O Marca, por sua vez, sublinhou que o Fluminense "defendeu o orgulho sul-americano" com notável dignidade e fervor, superando limitações tanto físicas quanto financeiras, em uma demonstração de resiliência e garra. A conclusão é clara: o Mundial serviu como um espelho para as virtudes e as lacunas que o Fluminense precisará endereçar para as próximas temporadas.
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