Zubeldia Promete Solução para Gols no Fim: Fluminense sob Análise Profunda

O empate em 2 a 2 do Fluminense contra o Sport, ocorrido na noite de quarta-feira na Ilha do Retiro, deixou um sabor amargo. O resultado, que por si só já seria questionável, tornou-se ainda mais frustrante pela forma como foi construído: um gol sofrido nos acréscimos, roubando a vitória tricolor no último suspiro da partida. Esse sentimento de perda iminente foi o ponto central da coletiva de imprensa do técnico Luis Zubeldia, que expressou seu lamento e garantiu uma investigação aprofundada sobre a recorrência de gols nos momentos finais dos confrontos.

O comandante argentino, em suas primeiras declarações pós-jogo, admitiu a perplexidade diante de um padrão preocupante.

"Não sei te dizer o porquê dos gols no final (dos jogos), mas sei que aconteceram. Em uma semana, é difícil fazer juízo sobre o porquê de isso acontecer."

A dificuldade em oferecer uma explicação imediata é compreensível, mas a recorrência dos fatos exige mais do que uma observação superficial. Ele também pontuou que, em sequências de partidas, as substituições visam primordialmente preservar a intensidade da equipe em campo.

Zubeldia descreveu o embate como "parelho", ressaltando que o Fluminense criou "chances claras" e,

"Dentro da paridade, merecemos o triunfo."

Contudo, a autocrítica se fez presente. A questão central, segundo ele, reside na análise dos gols sofridos no desfecho dos jogos.

"Ver se é casualidade, mas é algo que podemos corrigir"

, afirmou o técnico, indicando um caminho de profunda reflexão sobre os ajustes necessários. A promessa de correção é a esperança, mas a repetição dos erros é um sinal de alerta.

A Persistência dos Gols no Final: Um Padrão Preocupante

A imagem de Zubeldia à beira do campo, com a expressão que denota a frustração, é um retrato fiel do momento.

O treinador também abordou a gestão do elenco, especialmente no que tange a jogadores como Lavega e Lezcano, além de Moreno. Ele destacou o processo gradual de familiarização:

"Pouco a pouco vou conhecendo os jogadores para que tenha minutos para mostrar. É difícil em um plantel grande colocar todos os jogadores nos próximos jogos, é impossível, não posso mudar isso."

Essa afirmação revela um desafio inerente a elencos numerosos, onde a distribuição de oportunidades exige um planejamento meticuloso. Zubeldia enfatizou o "período de adaptação com jogadores novos", reiterando que a intenção é aproveitar cada momento disponível para desenvolvê-los.

Como exemplo prático, o técnico citou a entrada de John Kennedy no último confronto, uma decisão estratégica pensada para explorar uma defesa adversária mais exposta.

"no caso do jogo de hoje, na entrada do John Kennedy, pensamos que era uma boa oportunidade já que estavam com a defesa aberta."

Contudo, ele ponderou que essa não é uma tática aplicável a todos os atletas ou em todas as circunstâncias.

"É um exemplo mas que não se pode fazer com todos. Creio que pouco a pouco daremos essas oportunidades sabendo que os outros estão prontos"

, concluiu, reforçando a ideia de que as chances surgirão conforme o desenvolvimento e a prontidão dos jogadores.

A Complexidade da Gestão de Elenco e Novas Oportunidades

A postura de Zubeldia, que promete uma análise aprofundada dos problemas que afligem o Fluminense , é o mínimo que se espera de um comandante em sua posição. A questão dos gols sofridos nos minutos finais não pode ser tratada como mera coincidência; exige uma intervenção tática e mental. A capacidade de "corrigir" é o que definirá a trajetória do time sob sua liderança, e a torcida tricolor aguarda ansiosamente por respostas concretas em campo.