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Zubeldía e Cano: A História Inesperada que Conecta o Fluminense ao Lanús
Por Redação FutFlu em 26/09/2025 09:14
O cenário do futebol brasileiro se prepara para um reencontro que promete agitar as hostilidades no Fluminense. Com a iminente confirmação de Luis Zubeldía como novo comandante técnico da equipe, sucedendo o nome de Renato Gaúcho no comando, uma curiosa teia do destino se desenrola, unindo o futuro tricolor ao passado de um de seus maiores ídolos recentes: Germán Cano. A dupla, que hoje representa pilares distintos no esporte, já partilhou os mesmos gramados, e aspirações, no Club Atlético Lanús, da Argentina, entre os anos de 2007 e 2010.
Naquela época, Zubeldía, com apenas 26 anos, era um jovem treinador ascendente, um dos primeiros a enxergar o potencial no então promissor centroavante das categorias de base granates. Cano integrou o elenco que, de forma inédita, conquistou o Campeonato Argentino em 2007. No entanto, sua estreia efetiva pela equipe principal do Lanús só ocorreria no ano subsequente, marcando o início de uma trajetória profissional que o levaria a patamares elevados.
Os Primeiros Passos: Zubeldía e a Ascensão de um Atacante
O debut de Cano aconteceu em uma vitória por 3 a 1 sobre o Danubio, pela Conmebol Libertadores, quando o atacante, aos 20 anos, entrou nos minutos finais da partida. Sua primeira aparição como titular se deu contra o Huracán, em 17 de fevereiro de 2008. Naquele período, Ramón Cabrero liderava o comando técnico do Lanús, tendo Luis Zubeldía como seu assistente, já com uma bagagem de experiências nas categorias de base do clube argentino.
Com a saída de Cabrero, Zubeldía assumiu o cargo principal com apenas 27 anos, consolidando uma ascensão meteórica. A precocidade de sua carreira como técnico era notável, especialmente porque já estava afastado dos campos há quatro anos, obrigado a se aposentar como jogador devido a uma grave lesão no joelho. Esta transição marcou um ponto de inflexão para ambos.

Desafios e Oportunidades: A Visão de Mariano Antico
O jornalista Mariano Antico, da Tyc Sports, oferece uma perspectiva valiosa sobre o período. "O espaço (de Cano com Zubeldía e Cabrero) foi mais ou menos parecido, não houve muita diferença. Teve mais com o Zubeldía por uma questão de idade. Com Cabrero, Cano ainda era muito jovem e começava a somar minutos nos treinamentos com o time principal. Quando o Cabrero saiu, o Zubeldía deu a Cano alguns jogos, mas ele não conseguiu se firmar e foi emprestado. Jogou mais com o Zubeldía do que com o Cabrero, mas por uma questão de adaptação ao que é a primeira divisão", detalha Antico à reportagem, elucidando as nuances daquela fase.
Cano, apesar de seu desempenho destacado nas divisões de base do Lanús, enfrentou dificuldades em replicar o mesmo êxito no time profissional. Conforme recordado por Beto Monje, ex-vice-presidente do clube, a geração de 1988, da qual Cano fazia parte, era marcada por uma intensa concorrência interna. Além disso, a presença de Pepe Sand, o maior artilheiro da história do clube argentino, representava um obstáculo significativo para a afirmação do jovem atacante.
A Concorrência e o Caminho do Empréstimo
A escassez de oportunidades e a forte disputa por um lugar no ataque levaram Cano a marcar apenas dois gols pelo Lanús ? contra San Lorenzo e Vélez Sarsfield ? antes de ser cedido por empréstimo ao Chacarita Jrs, em busca de maior regularidade e espaço para desenvolver seu futebol. "O Cano sempre rendeu bem na base, fez uma boa quantidade de gols, e se sabia que iria chegar (a disputar) a primeira divisão. Quando Cano subiu ao time principal, Pepe Sand estava no elenco , é o maior artilheiro da história do Lanús. (Cano) não conseguiu ter muita continuidade, o Lanús o emprestou a alguns clubes", complementa Mariano Antico, reforçando o cenário de alta competitividade que moldou os primeiros anos de Cano como profissional.
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