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Renato Gaúcho Elogia Fluminense Após Empate com Bahia: Análise Detalhada
Por Redação FutFlu em 10/08/2025 00:04
Em um confronto eletrizante pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Fluminense empatou em 3 a 3 com o Bahia na Arena Fonte Nova. Após o duelo, o técnico Renato Gaúcho, conhecido por sua franqueza, fez uma análise profunda sobre o desempenho de sua equipe, que optou por preservar alguns atletas visando o próximo desafio pela Sul-Americana. O treinador não poupou elogios à postura dos seus jogadores, classificando-os como "guerreiros" e afirmando que o embate trouxe "muitas coisas boas" para o Tricolor das Laranjeiras.
A partida, que já se insere entre os embates mais marcantes desta edição do Brasileirão, demonstrou a capacidade do Fluminense de competir em alto nível, mesmo com uma formação alternativa. Renato Gaúcho enfatizou sua confiança inabalável em todo o plantel, desmistificando a ideia de equipes "A", "B" ou "C". Para ele, o que existe é um grupo coeso, onde cada jogador que entra em campo possui sua total credibilidade. A igualdade de condições no gramado, segundo o técnico, foi evidente, apesar de reconhecer deslizes defensivos nos dois primeiros gols sofridos.
O jogo foi um verdadeiro "lá e cá", com ambas as equipes criando oportunidades claras de gol. No segundo tempo, o Fluminense demonstrou resiliência ao buscar o empate e, em seguida, a virada. Contudo, a reta final reservou um revés com o gol de empate do Bahia, resultado de um recuo natural da equipe tricolor diante da pressão adversária. O Bahia, com seu elenco qualificado e jogadores decisivos, exigiu o máximo do Fluminense , tornando a partida um espetáculo de intensidade. Renato Gaúcho sublinhou que, apesar do resultado, o que se viu foi um time que, em grande parte do tempo, atuou de igual para igual com um dos grandes nomes do futebol nacional.
Estratégia e Confiança no Elenco
A filosofia de Renato Gaúcho de integrar jovens talentos e confiar em veteranos foi exemplificada no confronto. A entrada de garotos como Júlio Fidelis e Davi Schuindt em um palco tão desafiador como a Fonte Nova, contra um adversário de peso, foi um testamento dessa confiança. O treinador afirmou que a atuação dos novatos foi "muito bem", o que adiciona profundidade e novas opções ao elenco . "Só tirei coisas boas hoje. O time que começou, dos jogadores que entraram. Então essa confiança que eu tenho em todo o meu grupo. Eu não tenho medo de colocar o garoto de 18, 19 anos para jogar. Não tenho medo de colocar o jogador de 35 anos para jogar. Não tenho medo de, independentemente de onde eu jogo, o adversário. Eu confio no meu grupo. Eu confio no meu grupo. Os resultados estão aí", declarou Renato, reforçando sua visão de gestão.
Apesar do empate, a sensação era de que o Fluminense poderia ter saído com a vitória, especialmente pela virada heroica no segundo tempo. No entanto, o futebol, implacável em seus detalhes, não perdoa vacilos. A falha que culminou no gol de empate, embora coletiva, custou os três pontos. A equipe, no entanto, mantém-se na 9ª posição na tabela do Brasileirão, com 24 pontos em 17 jogos. O foco agora se volta para o próximo compromisso pela Sul-Americana, na terça-feira, às 21h30, no Estádio Olímpico Pascual Guerrero, contra o América de Cali.
Detalhes Táticos e Gestão de Múltiplas Frentes
Questionado sobre as falhas nos gols sofridos, Renato Gaúcho reiterou a natureza coletiva das responsabilidades. "Quando eu digo que a gente falhou, é coletivo, todo mundo falha. Aqui todo mundo falha e todo mundo ganha. Nós somos um grupo", afirmou. O técnico fez questão de ressaltar a qualidade individual de jogadores adversários, como Everton, do Bahia, que foi seu atleta no Flamengo. "Falei: 'Presta atenção, não deixa ele pensar'. Falei várias vezes. Infelizmente, numa falha coletiva, deixamos ele pensar. Ele achou um companheiro, depois achou um gol. Jogadores de alto nível você não pode deixar pensar", pontuou o treinador, sem, contudo, diminuir o mérito de sua equipe, que enfrentou um adversário potente com uma formação alternativa.
A capacidade de seus jogadores em dar conta do recado, mesmo em condições adversas, foi um ponto de orgulho para o comandante. "Os jogadores que entraram hoje deram conta do recado, jogaram se entregaram, correram, brigaram, fizemos três gols, o que não é fácil aqui dentro. E, como eu falei, poderíamos ter saído com a vitória. Não que o Bahia também não pudesse, mas pelas circunstâncias até o final do jogo. Nós viramos um jogo tão difícil assim, mas faltando dois ou três minutos tomamos o gol de empate", analisou o técnico, demonstrando a intensidade da disputa.
O Fluminense em Três Competições
Renato Gaúcho deixou claro que o Fluminense não tem preferência por nenhuma competição específica, lutando arduamente nas três frentes ? Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-Americana. Apenas em fases mais avançadas, como semifinais ou finais, uma prioridade poderia ser estabelecida. Até então, a estratégia é disputar todas com a mesma seriedade, o que justifica a rotação do elenco . "A gente sabe que é difícil, por isso que a gente tem mudado o time. Pela confiança que eu tenho no meu grupo todo, independentemente da competição. Os jogadores têm dado conta do recado. E a gente vai avançando", explicou.
A exaustiva sequência de jogos é um fator crucial na gestão do elenco . "O Fluminense foi o time que não descansou. Foi no Mundial, fez um grande Mundial, voltou, dei um dia de folga para eles para eles recuperarem das 10h de viagem. Já voltamos a treinar dois dias depois e a cada três dias nós estamos em campo disputando uma competição", desabafou Renato. Essa realidade impõe a necessidade de mudanças táticas e de escalação. No final do jogo contra o Bahia, por exemplo, o técnico ajustou a defesa para uma linha de quatro, depois cinco, com Cano mais solto na frente, ciente da pressão que viria do adversário. A equipe, apesar dos desafios e do gol sofrido no final, demonstrou grande empenho.
Sobre a substituição de Ganso, que gerou especulações de irritação, Renato Gaúcho desmentiu qualquer problema. "Não, não teve nada. Eu converso com o Ganso todo dia, pelo amor de Deus, gente. Ninguém gosta de sair. Mas, para alguém entrar, alguém tem que sair. Mas não foi o caso, não. Ele entrou. Enquanto esteve no jogo, ele esteve bem", esclareceu. A mudança foi puramente tática, visando fortalecer o meio-campo contra um dos setores mais qualificados do futebol brasileiro. "O meio de campo de qualquer time é o motor do carro, você não pode começar a perder o meio de campo. O Ganso é um gênio, mas tem horas que você tem que mudar um pouquinho para fortalecer a marcação", concluiu o treinador, reiterando a importância de um elenco versátil para os múltiplos desafios.
Resumo da Partida
Competição | Rodada | Confronto | Placar Final |
---|---|---|---|
Campeonato Brasileiro | 17ª | Bahia x Fluminense | 3 x 3 |
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