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Renato Gaúcho Desafia Gringos: A Realidade do Fluminense no Mundial
Por Redação FutFlu em 03/07/2025 20:31
Em mais uma de suas habituais manifestações, o renomado técnico do Fluminense, Renato Gaúcho, não poupou palavras. Durante a coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira, 3 de julho, às vésperas do confronto decisivo contra o Al-Hilal, da Arábia Saudita, pelas quartas de final do Mundial de Clubes, o treinador fez questão de enaltecer sua própria trajetória, ao mesmo tempo em que proferiu um claro desafio aos profissionais estrangeiros e defendeu a classe dos técnicos nacionais.
O Desafio de Renato Gaúcho aos Técnicos Internacionais
Sem mencionar especificamente as agremiações a que se referia, Renato prosseguiu em sua explanação, indicando que esses times de elite global possuem um poderio financeiro que lhes confere a capacidade de promover incontáveis alterações, tanto em esquemas táticos quanto nas escalações. O ponto central de sua argumentação culminou em um desafio direto aos técnicos considerados de ponta no cenário internacional.
"Não vou citar os nomes dos clubes, mas esses quatro grandes clubes do mundo, com tudo o que eles têm e com o plantel que eles têm. Podendo mudar o esquema a toda hora, com uma qualidade imensa. Às vezes, você não sabe quem é o titular, se é quem está no campo ou no banco. Aí, sim, é bom de se trabalhar. Aí, sim, se torna fácil trabalhar. Então, eu gostaria de estar no lugar de um treinador desses. E gostaria, apesar de todos os méritos deles, eu os admiro, que um desses considerados os melhores do mundo viesse treinar um time no Brasil. E que desse resultado"
A provocação é clara: Renato instiga a vinda de um desses renomados profissionais para o futebol brasileiro, a fim de provar sua competência em um contexto de recursos mais limitados, replicando o sucesso que ele próprio alega ter alcançado.
A Realidade do Fluminense: O "Patinho Feio" no Palco Mundial
Em sua análise, Renato reconheceu abertamente que o plantel tricolor não detém o mesmo poderio ou a mesma profundidade de elenco que os gigantes do futebol mundial. Contudo, ele fez questão de ressaltar que a mera presença de sua equipe nas quartas de final do torneio já é, por si só, um feito digno de grande reconhecimento e valorização, dadas as condições.
"Eu me vejo sempre muito forte. Vou explicar: muita gente fala, no bom sentido, que o Fluminense é o patinho feio. Que o Fluminense não tem o dinheiro dos outros clubes, mas eu confio no nosso grupo. Não vou mentir: o nosso grupo não tem a mesma qualidade desses outros grandes clubes. Mas o Fluminense está nas quartas. Então, eu gostaria de me colocar no lugar desses treinadores aqui fora"
Essa perspectiva serve como o pilar para sua tese, que compara a facilidade de gerir elencos repletos de estrelas com a complexidade de obter sucesso com orçamentos mais contidos.
A Autovalorização e o Reconhecimento Negado
O técnico persistiu na analogia, expressando seu descontentamento com a percepção de que seu trabalho não é devidamente reconhecido no cenário do futebol brasileiro, apesar dos consistentes resultados positivos obtidos recentemente. A declaração de Renato revela uma profunda convicção em sua própria capacidade, que ele acredita ser subestimada.
"Eu gostaria de estar uma temporada no lugar de um treinador desses grandes clubes da Europa, e eles virem treinar o Fluminense de patinho feio. E dar resultado. Aí você vai ver quem é o bom. Só isso. Tem muita gente que fala que não é tudo isso. É tudo isso, sim. Tem de valorizar o treinador brasileiro. Se as pessoas não me valorizam, eu tenho de me valorizar. Se você vir os meus trabalhos em todos os clubes, sem os cofres cheios, eu sempre dou resultado. Então, alguma coisa eu devo ter"
Para o comandante tricolor, a prova da verdadeira competência reside na capacidade de entregar performance e resultados mesmo diante de limitações financeiras e estruturais, um cenário que ele afirma ter enfrentado e superado em diversas ocasiões ao longo de sua carreira.
A Crítica Incisiva à Imprensa Brasileira
Em um desfecho impactante de sua entrevista, Renato Gaúcho direcionou suas observações aos profissionais estrangeiros que atuam no Brasil. Em sua perspectiva, se um técnico de fora do país conseguisse replicar o desempenho que ele tem demonstrado à frente do Fluminense , a reação da mídia seria consideravelmente distinta, culminando em um clamor popular e midiático pela sua ascensão ao comando da Seleção Brasileira.
"Muitas vezes - agora faço uma crítica construtiva - a imprensa brasileira não valoriza o treinador brasileiro. Não são todos. Gosta é de valorizar um gringo. Mas eu queria ver um gringo fazer o trabalho que eu estou fazendo no Fluminense. 'Tem de estar na Seleção Brasileira', esse seria o discurso. Mas quando é um treinador brasileiro?"
A fala de Renato não é apenas um lamento, mas uma reflexão crítica sobre o viés que ele percebe na cobertura jornalística, que, em sua visão, tende a superestimar o que vem de fora em detrimento do talento e da resiliência dos profissionais locais.
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