Lezcano no Fluminense: O Desafio de R$ 29 Milhões por uma Vaga no Time

A trajetória de Lezcano no Fluminense se tornou um ponto de interrogação no cenário do futebol brasileiro e paraguaio. O meio-campista, que acumulou meros 13 minutos em campo nos últimos cinco meses, viu seu nome ser ventilado como um possível reforço para o Cerro Porteño, um dos gigantes de seu país natal e arquirrival do Libertad, clube onde Lezcano despontou.

No entanto, a especulação sobre um retorno ao Paraguai foi prontamente descartada pelo pai do atleta, também chamado Rubén Lezcano. Em declaração contundente, ele manifestou a crença de que seu filho deve persistir na busca por uma posição em um dos ambientes mais competitivos do futebol sul-americano.

O Compromisso Familiar e o Desafio Brasileiro

- Jogar no Brasil é o mais difícil. Há muitos jogadores de qualidade. Não existe possibilidade que venha ao Cerro Porteño. Ele tem que lutar pela vaga no Fluminense. Se sair para outro clube, será dentro do Brasil - afirmou o Rubén ao portal paraguaio Vs Sports.

A fala do pai de Lezcano sublinha a seriedade do desafio imposto ao jogador e a convicção de que seu futuro, caso não seja no Fluminense , permanecerá no território brasileiro. Esta postura familiar reforça a pressão sobre o atleta para que justifique o vultoso aporte financeiro que o trouxe ao clube carioca.

O Peso do Investimento e as Expectativas Frustradas

Lezcano representa a quarta contratação mais onerosa na história do Fluminense , com um investimento de R$ 29,2 milhões. Anunciado em 28 de fevereiro, ele foi concebido como uma alternativa para o meio-campo, disputando posição com Lima e um Ganso que se recuperava de uma miocardite. Contudo, o paraguaio jamais conseguiu consolidar-se na equipe principal.

A aprovação inicial para sua chegada veio do então treinador Mano Menezes, que teve poucas chances de utilizá-lo antes de sua demissão em 30 de março. A subsequente chegada de Renato Gaúcho ao comando técnico praticamente selou o destino de Lezcano, relegando-o a um papel secundário ou mesmo nulo.

A Guimada Tática e a Redução de Oportunidades

A opção de Renato Gaúcho por um esquema com três volantes no meio-campo afetou não apenas Lezcano, mas também outros meias de criação, como o próprio Ganso, que viu seus minutos em campo diminuírem. Para o paraguaio, a situação se agravou ainda mais com a aquisição de Lucho Acosta na janela de transferências do meio do ano.

Atualmente, Lezcano frequentemente sequer é relacionado para o banco de reservas, um cenário que contrasta drasticamente com o investimento realizado e as expectativas iniciais. Os escassos 13 minutos jogados nos últimos cinco meses são um testemunho eloquente de sua marginalização no elenco tricolor, levantando questões sobre o aproveitamento de um ativo tão valioso.