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Jovem do Flamengo Submerso em Vaias Após Jogo Contra Fluminense: Entenda o Impacto
Por Redação FutFlu em 20/11/2025 12:24
A recente vitória do Fluminense sobre o Flamengo no Maracanã, com o placar de 2 a 1, reverberou de maneira particular nos bastidores do adversário, expondo a vulnerabilidade de um de seus jovens talentos. O zagueiro João Victor, alvo de vaias intensas da torcida rubro-negra e substituído no intervalo, encontra-se agora sob um processo de blindagem por parte de sua equipe técnica e elenco, uma medida que revela a delicadeza de lidar com a ascensão de atletas da base em momentos de alta pressão.
Nos vestiários, após o revés para o Tricolor, a resposta interna do Flamengo foi de acolhimento. Fontes próximas indicam que a conversa com João Victor teve um tom de reafirmação de confiança, com destaque para a postura de Danilo, um dos mais experientes do plantel. Essa iniciativa sublinha a preocupação do clube em proteger o aspecto mental do jogador, que visivelmente cedeu à pressão do ambiente do Maracanã após uma sequência de erros cruciais, comprometendo seu desempenho em campo.
O Peso da Camisa e a Pressão no Maracanã: Lições para a Base
A situação de João Victor não é isolada. A pressão exercida pela torcida, que se manifestou de forma contundente com as vaias, é um desafio recorrente para jovens atletas em clubes de grande porte. Com o iminente retorno de nomes como Ortiz e Danilo, a expectativa é que a participação do jovem defensor nos compromissos finais de 2025 seja significativamente reduzida. As chances de um retorno ao time titular, em um futuro próximo, parecem remotas, condicionadas a eventuais lesões ou suspensões de ao menos dois dos três veteranos que atualmente dominam a posição.
Internamente, João Victor é percebido como um atleta dedicado e talentoso, cujo potencial foi evidente nas categorias de base, justificando sua integração ao elenco profissional desde o início do ano. A avaliação é unânime: o talento existe, mas requer um processo de lapidação cuidadoso, longe dos holofotes e da intensidade dos jogos decisivos. Este cenário serve de alerta para outros jovens defensores, como Iago, que também devem ser preservados nesta etapa final da temporada, para evitar exposições prematuras a um ambiente de cobrança tão elevado.
A Reação Interna e o Futuro de João Victor no Flamengo
Precedentes como os de Lorran e Evertton Araújo reforçam a necessidade dessa blindagem. Ambos os atletas, após serem alvos de críticas da torcida, tiveram dificuldades em se adaptar ao ritmo e às exigências do time principal. Lorran, inclusive, acabou sendo negociado com o Pisa, da Itália, ilustrando as consequências de uma exposição inadequada. A experiência com João Victor, portanto, é vista como uma oportunidade de aplicar lições aprendidas, garantindo que o desenvolvimento do jogador ocorra em condições mais favoráveis.
A atuação contra o Fluminense foi particularmente desafiadora para João Victor. Após um erro anterior contra o Sport, que foi em parte atenuado pela goleada do Flamengo, sua exibição apática no clássico contra o Tricolor irritou a torcida. Ele falhou na saída de bola que resultou no gol de Lucho Acosta e executou um recuo impreciso para Rossi, que antecedeu o segundo tento tricolor. Embora o goleiro tenha tido uma parcela maior de culpa ao tentar dominar e entregar a bola para Kevin Serna marcar, a responsabilidade pelo lance recaiu sobre o jovem zagueiro, que foi hostilizado a cada toque na bola até o fim do primeiro tempo.
A Visão da Comissão Técnica e os Próximos Passos do Zagueiro
Diante das vaias, Rossi tentou, ainda em campo, acalmar os ânimos da torcida, sem sucesso. Após o apito final, o goleiro argentino assumiu publicamente a responsabilidade pelo segundo gol. Léo Pereira, um dos defensores mais experientes, também saiu em defesa de João Victor, enfatizando que a hostilidade apenas mina a confiança do jovem. "Ele é um garoto que tem um potencial gigante, nos ajuda diariamente nos treinamentos, temos total confiança nele. Ele precisa do nosso respaldo, como precisa do respaldo do torcedor também. Por isso que a gente pede que apoie ele, tem poucos jogos no profissional. Não pode cobrar e vaiar por um lance específico, querer cobrar, vaiar, principalmente no 1º tempo. Não é nem tenso, mas a gente tem um cuidado a mais por ele ser uma joia da nossa base", declarou Léo Pereira.
Na coletiva de imprensa, Filipe Luís, o técnico, reiterou o apoio a João Victor, mas foi franco ao admitir a disparidade de nível entre os defensores titulares e os jovens da base. Segundo o comandante, jogadores como Léo Pereira, Ortiz e Danilo possuem um patamar de seleção brasileira.
A diferença entre os jogadores que estão aqui é muito grande. Os Léos (Pereira e Ortiz), o Danilo são jogadores de seleção brasileira. O nível deles é muito alto. Eu também quero colocar os meninos da base, a torcida pede, mas eu vejo todo dia que a diferença é muito grande, são homens, estão prontos, e os meninos vão errar. Chegou no momento da temporada que precisamos usar eles, eu não tenho medo de usar. Infelizmente, hoje, não fez um bom jogo. Tenho confiança, já vi ele (João Victor) performar, mas era um jogo muito difícil.Apesar do cenário desafiador, o Flamengo tem um novo compromisso no sábado (22), enfrentando o Red Bull Bragantino no Maracanã, às 21h30 (de Brasília), um jogo que, com ou sem João Victor em campo, trará novas dinâmicas e expectativas para o elenco rubro-negro. A partida contra o Fluminense, contudo, já deixou suas marcas, especialmente na trajetória de um dos talentos que o rival busca moldar.
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