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Jean Lucas e o Desafio Quase Impossível: Altitude e Fluminense em 24h

Por Redação FutFlu em 10/09/2025 09:34

A agenda do futebol moderno impõe sacrifícios notáveis. Um exemplo claro é o meio-campista Jean Lucas, que, após sua estreia pela Seleção Brasileira na noite de quinta-feira (9) em El Alto, Bolívia, enfrentaria um novo embate crucial em menos de 24 horas. O cenário? Um duelo decisivo contra o Fluminense pela Copa do Brasil, um verdadeiro teste de resiliência. Sua participação na partida contra a Bolívia, onde entrou aos 27 minutos da etapa final substituindo Andrey Santos, marcou o início de uma maratona incomum.

O Bahia, clube defendido pelo atleta, tinha um compromisso agendado para esta quarta-feira (10), às 19h, no Maracanã, pela partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil. É neste contexto de pressão e tempo exíguo que Jean Lucas revelou uma conversa com o técnico Rogério Ceni, detalhando sua "estratégia" de recuperação para garantir sua presença em campo.

O plano, pouco convencional, foi exposto pelo próprio jogador:

"Eu vou descansando no avião. Vou chegar ao Rio de Janeiro umas 5 horas da manhã"

A determinação do meio-campista foi evidente em sua comunicação com o treinador:

"Mandei mensagem para o Rogério Ceni e falei que estou pronto para amanhã às 19h, no Maracanã, estar fazendo um grande jogo e conseguir a classificação"

É pertinente lembrar que o Bahia ostentava uma vantagem mínima, tendo vencido o confronto de ida em Salvador por 1 a 0, o que lhes permitia até um empate para avançar à próxima fase do torneio.

A Luta Contra a Altitude: Os Efeitos Físicos em El Alto

Antes de focar no desafio carioca, Jean Lucas teve de superar as adversidades climáticas extremas. Ele confessou ter sentido intensamente os efeitos da altitude durante a partida pelas eliminatórias. O palco do jogo, situado em El Alto, é reconhecido como o segundo estádio mais elevado do planeta, a impressionantes 4.150 metros acima do nível do mar, um ambiente hostil para atletas acostumados a condições normais.

A dificuldade foi descrita com franqueza pelo jogador:

"A gente usou a bomba de oxigênio, estava ali no intervalo do jogo. É algo surreal, não estamos acostumados com isso. Joguei aqui em fevereiro contra o The Strongest, mas era a 3100 metros. Aqui é muito a mais"

revelou, traçando um paralelo com uma experiência anterior em menor altitude.

A entrada em campo foi acompanhada por sensações físicas imediatas:

"Senti um pouco quando entrei em campo e dei o primeiro pique, mas é isso que tem hoje. Vamos seguir trabalhando para melhorar"

complementou, demonstrando um pragmatismo diante da adversidade.

A Estreia na Seleção: Um Sonho Realizado em Meio à Fadiga

Apesar do desgaste físico e do resultado negativo para a seleção, Jean Lucas não escondeu a alegria pela concretização de um sonho pessoal: sua estreia com a camisa amarela. A oportunidade surgiu após a convocação pelo técnico Carlo Ancelotti, que o chamou para substituir Joelinton, cortado da equipe. No jogo anterior, contra o Chile, o meia não havia sido relacionado, tornando esta participação ainda mais significativa.

As palavras do jogador traduzem a magnitude do momento:

"Muito difícil jogar aqui. Mas estar estreando com a camisa da seleção brasileira, a maior camisa do mundo, não tem preço. Minha família está muito feliz com esse momento. Claro que queria sair daqui com o resultado positivo, mas infelizmente não foi possível. Agora é seguir trabalhando firme"

concluiu, reiterando seu compromisso e a importância de tal feito para sua carreira e para seus entes queridos.

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