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Fluminense x Santos: Análise Tática e Histórica na Vila Belmiro
Por Redação FutFlu em 19/09/2025 20:17
O embate entre Fluminense e Santos na Vila Belmiro sempre carrega um peso histórico, e a próxima partida não será diferente. Apesar de o Fluminense ter assegurado a vitória no último encontro da Série A disputado em território santista, o retrospecto geral pende fortemente para o lado do time paulista. Desde 2006, o Santos acumulou nove triunfos contra apenas quatro derrotas para a equipe carioca, além de cinco empates, evidenciando a dificuldade do Tricolor em solo adversário.
Ambas as equipes chegam a este confronto após reveses fora de casa diante do Bahia. O Santos foi superado por 2 a 0 no Campeonato Brasileiro, enquanto o Fluminense sofreu um revés de 1 a 0 pela Copa do Brasil. Contudo, uma distinção relevante se impõe: o time das Laranjeiras teve sua partida na quinta-feira, concedendo ao Santos uma semana integral para a preparação, um fator que pode influenciar diretamente o desempenho em campo.
A Inversão de Fortunas do Tricolor Pós-Copa
O panorama do Fluminense no Campeonato Brasileiro sofreu uma alteração drástica após a pausa para a Copa do Mundo de Clubes. Se antes da 12ª rodada o aproveitamento era de respeitáveis 61% (com seis vitórias, dois empates e três derrotas), o período subsequente, da 13ª rodada em diante, testemunhou uma queda acentuada para meros 29% (duas vitórias, um empate e cinco derrotas), posicionando o clube como a quinta pior equipe neste recorte pós-Copa. Tal declínio exige uma reflexão profunda sobre os rumos da equipe.
Em contraponto, o Santos, apesar de uma recente goleada sofrida contra o Vasco, apresenta um aproveitamento ligeiramente superior no período pós-Copa, com 42% dos pontos (três vitórias, um empate e quatro derrotas), configurando a nona melhor marca. Isso representa uma melhoria em relação aos 31% de aproveitamento (três vitórias, dois empates e sete derrotas) registrados antes da paralisação. Na tabela de classificação geral, o Fluminense ocupa a nona posição (oito vitórias, três empates, oito derrotas, 47% de aproveitamento), enquanto o Santos figura na 15ª colocação (seis vitórias, três empates, 11 derrotas, 35% de aproveitamento).
Vila Belmiro: Um Cenário de Contraste e Vulnerabilidade
Ao analisar o desempenho em casa e como visitante, observamos particularidades que podem ser decisivas. O Santos ostenta a quarta pior campanha como mandante, com apenas 41% de aproveitamento (três vitórias, dois empates e quatro derrotas). Sua ofensividade em casa é a quarta pior (dez gols marcados, média de 1,11 por jogo), e sua defesa é a mais vulnerável, com 14 gols sofridos (média de 1,56 por jogo). O time não conseguiu manter sua meta invicta em apenas três dos nove jogos disputados em seus domínios, uma marca defensiva que ocupa a 11ª posição.
O Fluminense , por sua vez, exibe a 14ª campanha como visitante, com um aproveitamento de 27% (duas vitórias, dois empates e seis derrotas). Contudo, seu ataque fora de casa é o quarto melhor (13 gols, média de 1,30 por jogo), o que contrasta com sua defesa, a segunda mais vazada, com 19 gols sofridos (média de 1,90 por jogo). O Tricolor não sofreu gols em apenas dois dos dez jogos disputados longe de seus domínios, o que o coloca na décima posição nesse quesito.
| Estatística | Santos (Mandante) | Fluminense (Visitante) |
|---|---|---|
| Campanha (Aproveitamento) | 4ª pior (41%) | 14ª (27%) |
| Ataque (Gols/Média) | 4º pior (10 gols / 1,11) | 4º melhor (13 gols / 1,30) |
| Defesa (Gols Sofridos/Média) | Pior (14 gols / 1,56) | 2ª pior (19 gols / 1,90) |
| Jogos sem sofrer gol | 3 de 9 (33%) | 2 de 10 (20%) |
A Batalha Tática: Eficiência Ofensiva e Jogo Aéreo
No que tange à produtividade ofensiva, o Santos, em casa, registra uma média de 14,2 finalizações por partida, a sétima melhor entre os mandantes. Entretanto, sua eficiência é a quarta pior, necessitando de cerca de 12,8 tentativas para converter um gol. O Fluminense , como visitante, se destaca por ser o segundo time que menos permite finalizações dos adversários (média de 11,5), mas exibe a segunda menor resistência a essas tentativas, cedendo um gol a cada 6,4 conclusões contrárias.
No ataque, o Fluminense demonstra a terceira maior eficiência como visitante, com um gol a cada 7,8 tentativas, embora sua média de finalizações (10,1 por partida) o posicione na 14ª marca. A defesa santista, quando joga em casa, é a terceira que mais permite finalizações adversárias (13,1 por jogo), e sua resistência é a quarta menor, sofrendo um gol a cada 8,4 conclusões. Essas estatísticas apontam para um confronto de vulnerabilidades defensivas e potências ofensivas distintas.
Um aspecto tático relevante é o uso de bolas altas. O Santos marcou 10 de seus 18 gols dessa forma, embora apenas três dos últimos nove tenham vindo de jogadas aéreas. É uma tática que pode ser explorada. O Fluminense , por sua vez, sofreu 16 de seus 28 gols (57%) a partir de jogadas aéreas, incluindo quatro dos últimos seis gols em jogadas, o que evidencia uma fragilidade. Curiosamente, no ataque, o próprio Fluminense utilizou bolas altas para marcar 11 de seus 23 gols, quase a metade. A defesa santista, embora tenha sofrido 9 de 27 gols de jogadas aéreas, tem sido mais vulnerável a entradas em sua área por meio de trocas de passes, indicando que o perigo para o Tricolor pode vir tanto do alto quanto do chão.
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