Fluminense Vence Botafogo: Ancelotti Detalha Queda de Confiança Alvinegra

O Fluminense consolidou uma vitória expressiva no clássico da 25ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, superando o Botafogo por 2 a 0. Este triunfo não apenas garantiu três pontos importantes para o Tricolor, mas também quebrou uma sequência incômoda: a invencibilidade de nove jogos do Alvinegro contra seu rival. No Maracanã, o time carioca demonstrou superioridade e soube aproveitar os momentos decisivos da partida.

Apesar da derrota, o técnico do Botafogo, Davide Ancelotti, não se esquivou de analisar o desempenho de sua equipe. Ele descreveu o confronto como equilibrado até o momento em que o Fluminense abriu o placar com Cano. Contudo, o que se seguiu foi uma revelação preocupante sobre a mentalidade e a estrutura defensiva do Botafogo, que, segundo ele, desmoronou após o primeiro revés.

Ancelotti Aponta Falhas Cruciais Após Gol Tricolor

Em suas declarações pós-jogo, Ancelotti foi bastante direto ao identificar os pontos fracos que levaram à queda de rendimento do Botafogo. O treinador destacou a fragilidade defensiva e a subsequente perda de confiança como elementos determinantes para o resultado. A análise do técnico italiano oferece uma visão clara dos desafios enfrentados pela equipe alvinegra na partida.

? Um jogo equilibrado até o primeiro gol. Depois, o Fluminense fez um gol onde defendemos muito mal, perdemos confiança no jogo, como já aconteceu. Não somos fortes nos duelos, tivemos controle na segunda etapa sem perigo, e um segundo gol onde falta um pouco de contundência nos duelos.

A observação de Ancelotti sobre a "falta de contundência nos duelos" é particularmente pertinente, evidenciando uma deficiência que transcende a mera organização tática e toca na intensidade e na capacidade individual dos jogadores em confrontos diretos, algo que o Fluminense soube explorar com maestria ao longo dos 90 minutos.

Foto: (Marcelo Gonçalves/FFC)

As Mudanças Táticas e a Justificativa do Treinador

O Botafogo apresentou uma formação com alterações no setor ofensivo para enfrentar o Tricolor, uma tática que gerou questionamentos. Cuiabano atuou como ponta pela esquerda, enquanto Marçal foi escalado na lateral-esquerda. Chris Ramos iniciou a partida entre os titulares, com Arthur Cabral permanecendo no banco de reservas, aguardando uma oportunidade.

Ao justificar as frequentes mudanças na escalação inicial, Ancelotti citou a dificuldade em manter os mesmos onze jogadores devido a uma série de desfalques e suspensões que têm assolado o elenco. Este cenário, segundo o técnico, impõe desafios constantes na busca por uma equipe base e por um ritmo de jogo consistente. A ausência de Marlon Freitas, que lamentou a derrota e o fim da invencibilidade, também foi um fator importante a ser considerado.

? Tem mudado (o setor ofensivo) com frequência porque é difícil manter os 11 em todos os jogos no campeonato, sempre tem desfalque, sempre tem jogadores suspensos, lesões. Cabral fez um treino antes do Grêmio e jogou porque não tinha outra opção, o Mastriani também estava machucado. Ele jogou 90 minutos, estava muito cansado, o Ramos estava fresco ? explicou Davide, acrescentando:

A declaração de Ancelotti revela a complexidade da gestão de elenco em um campeonato tão desgastante como o Brasileirão, onde a profundidade do elenco e a capacidade de adaptação às adversidades são cruciais. A escolha por Chris Ramos, que estava "fresco", em detrimento de um Arthur Cabral "muito cansado", ilustra a prioridade em ter atletas com melhor condição física para o clássico.