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Fluminense: Renato Gaúcho Revela Desgaste Extremo Após Derrota no Brasileirão 2025

Por Redação FutFlu em 27/07/2025 18:49

A recente derrota por 3 a 1 para o São Paulo, no Morumbis, marcou o quinto revés consecutivo do Fluminense na temporada, um resultado que reacendeu o debate sobre o planejamento e a performance do clube. Os gols da partida pela 17ª rodada do Brasileirão 2025 foram de Arboleda, Ferreira, Samuel Xavier e Tapia, consolidando um momento delicado para a equipe tricolor.

Em resposta à crescente pressão, o técnico Renato Gaúcho promoveu uma significativa rotatividade no elenco, apresentando sete novas peças em comparação ao confronto anterior contra o Palmeiras. Essa prática de alternar jogadores tem sido uma constante nas últimas aparições do time, e o comandante reiterou a necessidade de preservar a condição física dos atletas diante de uma sequência de jogos sem precedentes.

A Sequência Desafiadora e a Justificativa do Treinador

Renato Gaúcho defendeu suas escolhas, enfatizando a importância de gerenciar o grupo para evitar o esgotamento físico, uma preocupação central em seu trabalho. Ele argumentou que a manutenção de um time descansado é fundamental, mesmo que isso implique em riscos táticos.

- Tem que colocar na balança para ver o que é melhor. Colocar quase sempre os mesmos jogadores e estourar os jogadores? Eu sempre falo que tenho um grupo e tenho que dar oportunidades para todo mundo. Até porque preciso de uma equipe descansada. É um risco que se tem em mudar. Mas lá no Mundial a gente estava praticamente fazendo a mesma coisa e estava todo mundo saindo elogiado. Sei que a gente precisa melhorar. Há duas semanas estava tudo maravilhoso. São os mesmos jogadores, comissão técnica e diretoria. Então agora não está tudo errado. A gente vai continuar trabalhando. Nunca esquecendo também, todo mundo teve férias, pré-temporada, recuperou jogadores e o Fluminense não teve um dia de folga sequer. A cada três dias temos que entrar em campo tentando dar uma resposta.

O treinador fez um paralelo com a Copa do Mundo de Clubes, onde a mesma estratégia de rotação foi bem-sucedida, e sublinhou que a percepção pública sobre o desempenho da equipe pode mudar drasticamente em pouco tempo, sem que a essência do trabalho seja alterada. A ausência de períodos de descanso, diferentemente de outros clubes que tiveram pré-temporada e férias, foi apontada como um fator crítico.

Decisões Táticas e o Impacto no Desempenho Ofensivo

No embate contra o São Paulo, Renato Gaúcho optou por iniciar a partida com uma formação de três zagueiros, um esquema que havia rendido bons frutos no Mundial. Contudo, a ausência de Ignácio, peça-chave naquela competição, e a entrada de Manoel, alteraram a dinâmica. O resultado em campo não foi o esperado. O time demonstrou notável dificuldade em criar oportunidades, não registrando nenhuma finalização no primeiro tempo. Essa ineficácia ofensiva forçou o treinador a realizar quatro substituições e a mudar o esquema para um 4-3-3 logo no intervalo.

- Foi uma mudança de esquema mesmo, eu realmente percebi isso, nós não estávamos agredindo o adversário, estávamos sendo agredidos. Eu sempre falo para eles que é difícil fazer gol, a gente não pode ficar tomando gol toda hora porque você tem que se expor, você tem que abrir o time, tem que começar a dar espaço para o adversário. Procurei abrir o time, coloquei o time ainda mais pra frente, é lógico, o adversário sempre se aproveita dos espaços que a gente deixa, mas o time melhorou, conseguimos atacar mais a equipe de São Paulo, mas, infelizmente, conseguimos fazer apenas um gol. Quando o jogo estava começando a ficar bom para gente, teve o segundo gol do São Paulo - explicou.

Apesar das modificações terem gerado uma melhora na postura ofensiva do Fluminense , o único gol marcado não foi suficiente para reverter o placar, especialmente após o segundo gol do São Paulo, que, segundo o técnico, surgiu em um momento crucial da partida, quando o Tricolor carioca começava a se reorganizar.

A Polêmica do VAR e a Eficiência Reduzida do Ataque

A baixa efetividade do ataque foi um ponto de análise do técnico. Segundo ele, a marcação imposta pelo São Paulo foi eficiente em anular as jogadas, especialmente pelo lado esquerdo, onde a equipe tricolor não contava com um lateral de ofício, uma fragilidade explorada pelo adversário. A pressa nas finalizações e a falta de calma nas proximidades da área adversária também foram citadas como fatores que contribuíram para o desempenho aquém do esperado.

- São Paulo marcou bem. Nós não tínhamos jogadas pelo lado esquerdo. O São Paulo viu que não tínhamos lateral. Isso dificultou um pouco. A marcação do São Paulo foi muito boa, tirou os espaços. Quando a gente chegava perto da área do São Paulo, às vezes se precipitou. Ali tem que ter calma. Precipitamos, desperdiçamos talvez uma melhor jogada. O São Paulo se aproveitou, fez o gol. É sempre bom quando a equipe sai na frente. Ela tem uma tranquilidade maior, principalmente dentro de casa.

Além das questões táticas, Renato Gaúcho expressou veemente sua insatisfação com a atuação do VAR, questionando a validação do segundo gol do São Paulo, supostamente em posição irregular de Ferreirinha. Ele clamou por maior transparência e consistência nas decisões do árbitro de vídeo, criticando a falta de clareza em lances determinantes que podem alterar o rumo de competições.

- Eu não estou dando desculpa, eu não dou desculpa, eu assumo sempre a responsabilidade, mas é se pensar, nós estamos em 2025, século 21 e a gente não tem uma definição por parte do VAR de uma jogada. Pelo que eu vi, estou falando pelo que eu vi e todo mundo que está aqui viu, o Ferreirinha estava impedido. Agora, se o VAR tem uma outra linha, ele tem que mostrar para a gente. Não é possível que a CBF não vá mostrar o lance. Porque se for esse lance que a gente viu aqui no estádio, o Ferreirinha estava impedido. E aí eu não sei da onde que o VAR tirou que foi gol. O jogo estava 1 a 0. Ninguém está dando desculpa. Mas é outro jogo 1 a 0. É outro jogo 2 a 0. Então a gente não entende. A gente toda rodada tem um problema com o VAR. Toda rodada tem um problema com algum clube. Então só queria ver esse lance. O VAR tem que mostrar. A CBF tem que mostrar. Aí amanhã, aparece o lance. Isso está impedido. Aí o São Paulo se beneficiou. O Fluminense foi prejudicado. Então esse tipo de erro, às vezes, tira uma equipe de um campeonato. Rebaixa uma equipe, dá um título para outra. Chega, tira a vaga de alguém para a Libertadores. Enfim, não pode. No século 21, em 2025, a gente ter uma indecisão dessa com os equipamentos todos que eles têm.

Sobre a opção inicial pelo esquema com três zagueiros, Renato reafirmou que a tática já se provou eficaz, mas lamentou a ausência de um lateral esquerdo experiente, o que o impediu de escalar um jovem da base de apenas 17 anos em uma partida de tamanha envergadura.

- O esquema com três zagueiros, a gente sempre jogou bem, nos espelhamos também no time de São Paulo. Infelizmente, eu falei que nós não tínhamos o lateral esquerdo, nós tínhamos o garoto da base, mas ele tem 17 anos, ele não está pronto ainda, é arriscado se colocar um jogador numa partida pesada como essa.

Ainda sobre a gestão do elenco , o treinador comentou sobre a participação de Ganso, reforçando que todos os jogadores do grupo terão suas oportunidades, e que a entrega e o foco são esperados de quem quer que entre em campo.

- O Ganso, ele faz parte do grupo do Fluminense, está tendo oportunidades, como os outros jogadores. Tem que rodar o grupo, então quem entrar em campo, não importa se está começando, independentemente do esquema, tem que ter a entrega, tem que ter o foco no trabalho e quem entra tem que ter o mesmo pensamento.

O Desafio do Calendário e a Gestão do Elenco Tricolor

Atualmente na 11ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 20 pontos, o Fluminense se vê a apenas seis pontos da zona de rebaixamento, um cenário que exige atenção. O próximo compromisso será pela Copa do Brasil, contra o Internacional, às 21h30, abrindo o confronto das oitavas de final.

Questionado sobre a possibilidade de priorizar alguma competição, Renato Gaúcho reiterou o compromisso do Fluminense em lutar por todos os títulos, apesar do calendário apertado. Ele destacou que, ao contrário de muitos adversários que tiveram tempo para recuperação e pré-temporada, o Fluminense tem atuado de forma ininterrupta desde o Mundial de Clubes.

- A gente tem trabalhado em todas as competições. A gente não se descuida do Brasileiro, da Sul-Americana e Copa do Brasil. Nós tivemos um dia para recuperar da nossa viagem (da Copa do Mundo de Clubes). Todo mundo (os demais clubes) está de tanque cheio. A cada três dias a gente precisa entrar em campo e dar resultado. Tem três competições. A gente vai aqui e ali? Não. Todo mundo quer ganhar. O Fluminense também quer ganhar. Ali na frente, se a gente achar que precisa direcionar em alguma competição, é com o presidente, diretoria.

O treinador ressaltou a exaustão física e mental imposta pela sequência de jogos, uma realidade que, segundo ele, nem todos compreendem plenamente. A dificuldade de manter o desempenho em alto nível com partidas a cada três dias é um desafio constante, que exige a rotação do elenco para prevenir lesões e manter a competitividade.

- A gente conversa e troca ideia. A princípio, a gente procura ganhar toda competição que disputa. Mas a gente sabe que quem muito quer nada tem. O Fluminense está disputando três competições. Se for ver o calendário, desde que cheguei no Fluminense, ficamos uns 10, 12, 15 dias sem jogar nos Estados Unidos. Hoje jogamos aqui, quarta contra o Internacional na Copa do Brasil, sábado a gente joga contra o Grêmio, na outra quarta, com o Internacional. No sábado, joga contra o Bahia. Viaja para a Colômbia para jogar contra o America (de Cali) na Sul-Americana, volta no sábado para jogar, se não me engano, com o Fortaleza. Ninguém aguenta, só que todo mundo quer ganhar, todo mundo quer cobrar, quer que o time jogue bem, corra e vença o adversário.
- Não é de hoje, não é uma desculpa, mas é uma realidade. Enquanto a gente tiver esse calendário, a cada três entrar em campo, vai ficar difícil. Vocês da imprensa tem que entender isso. Não é de hoje, não é de culpa, isso é de anos. Aí o treinador tem que mudar o time, porque vocês não têm as informações que o treinador tem, se o jogador está desgastado, pode sofrer uma lesão. Daqui a pouco estão criticando: "esse fulano não está jogando por quê?". Ou daqui a pouco você põe o cara para jogar e ele tem uma lesão muscular. Ou você tem dois jogadores para a posição, você perde um e tem que colocar outro para jogar sete, oito jogos seguidos. É muito difícil. Mas é uma realidade que a gente tem que enfrentar, só que infelizmente algumas pessoas entendem e outras não. Querem ganhar, que o time corra, jogue bem. É bem difícil nessas horas.

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Comentado em 27/07/2025 23:41 Cadê o ataque, mano? Tá brabo, rsrs!
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Comentado em 27/07/2025 22:03 Renato tá tentando, elenco tá osso, mas tem raça!
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Comentado em 27/07/2025 20:24 Calma, galera. Time tá na luta, vai melhorar!
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