Fluminense: Início de Zubeldía Preocupa Mais que Mano e Renato

A recente derrota do Fluminense para o Vasco, no clássico disputado no Maracanã pelo Campeonato Brasileiro na última segunda-feira (20), marcou o segundo revés do técnico Luis Zubeldía à frente do comando tricolor. Este resultado, em particular, acende um sinal de alerta ao observarmos o desempenho inicial do argentino em comparação com seus antecessores diretos, Mano Menezes e Renato Gaúcho, nos primeiros seis compromissos.

Nos seis jogos inaugurais sob a tutela de Zubeldía, o clube das Laranjeiras registrou três triunfos, um empate e duas derrotas, culminando em um aproveitamento de 55,5%. Neste período, a equipe balançou as redes adversárias em nove ocasiões, enquanto sofreu seis gols. A partida contra o Vasco foi a primeira vez que o Tricolor não conseguiu marcar um gol sob a gestão do técnico argentino, um dado que merece atenção.

Para dimensionar a situação atual, torna-se imperativo revisitar os primeiros passos de treinadores que, em momentos distintos, estiveram à frente do Fluminense . A análise comparativa dos seis primeiros jogos de cada um revela padrões de desempenho que podem indicar tendências ou, no mínimo, levantar questões sobre a adaptação e o impacto imediato de cada comissão técnica.

Um Olhar Crítico sobre os Inícios de Gestão no Fluminense

O período inicial de Renato Gaúcho no Fluminense , por exemplo, demonstrou uma solidez superior. Nos seus seis primeiros embates, o time conquistou quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota, resultando em um aproveitamento expressivo de 72%. A capacidade ofensiva era notável, com 11 gols assinalados, e a defesa se mostrava mais consistente, cedendo apenas quatro tentos aos oponentes. Importante ressaltar que Renato não usufruiu de paralisações para Data Fifa, o que poderia, em tese, influenciar a preparação.

Já Mano Menezes, figura creditada por ter evitado um possível rebaixamento do Fluminense em 2024, apresentou um início com três vitórias, dois empates e uma única derrota em seus seis primeiros duelos. Seu aproveitamento alcançou 61,1%. A equipe sob seu comando marcou cinco gols e sofreu apenas três, indicando uma abordagem mais cautelosa e focada na solidez defensiva.

A Trajetória do Fluminense e as Implicações para o G6

Atualmente, o Fluminense ocupa a sétima colocação na tabela, com 41 pontos acumulados, e mantém a ambição de ingressar no G6. Contudo, a distância para o Bahia, que ocupa a sexta posição, é de cinco pontos. Para o Mirassol, o primeiro time dentro do G4, a diferença é ainda maior, com 52 pontos somados até o momento. Este cenário sugere que uma vaga direta para a Copa Libertadores da América, embora desafiadora via Campeonato Brasileiro, pode se concretizar através da Copa do Brasil, onde o clube já figura nas semifinais do torneio.

A performance inicial de Zubeldía, quando confrontada com o histórico recente de outros comandantes, coloca o Fluminense diante de um imperativo de evolução. A busca por consistência e resultados mais contundentes é crucial para que as aspirações do clube, tanto no Brasileirão quanto na Copa do Brasil, não se vejam comprometidas por um começo aquém do esperado.