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Fluminense: Entenda a Polêmica Decisão do VAR em Cotovelada de Matheus Pereira

Por Redação FutFlu em 10/11/2025 00:43

O embate entre Cruzeiro e Fluminense, válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, terminou em um insosso empate sem gols, mas a partida no Mineirão foi palco de um incidente que continua a reverberar nos bastidores da arbitragem e, especialmente, entre os torcedores tricolores. O ponto central da controvérsia reside na análise do árbitro de vídeo sobre uma cotovelada desferida por Matheus Pereira, camisa 10 do Cruzeiro, contra o jogador Bernal, do Fluminense .

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tornou público o áudio da cabine do VAR, revelando os diálogos que levaram à conclusão de que o movimento de Matheus Pereira foi considerado "acidental". Este veredito, proferido pela equipe de arbitragem liderada por Rodrigo José Pereira de Lima, deixou um gosto amargo para o Fluminense , que viu seu adversário escapar de uma possível expulsão em um momento crucial do jogo.

Aos 46 minutos da primeira etapa, o lance em questão chocou os presentes. Matheus Pereira atingiu Bernal com o cotovelo no rosto, deixando o atleta do Fluminense sangrando em campo. A reclamação veemente dos jogadores tricolores impulsionou o árbitro de campo a solicitar a revisão do incidente junto ao VAR, um protocolo essencial para a transparência e correção das decisões.

A Análise Detalhada do VAR e o Veredito "Acidental"

No início da revisão, as vozes na cabine do VAR já apontavam para uma interpretação específica. Wagner Reway, o responsável pelo árbitro de vídeo na partida, expressou sua avaliação inicial:

"Foi acidental."

Uma segunda voz na cabine do VAR complementou essa percepção, reforçando a ideia de involuntariedade do movimento:

"Inclusive, o jogador de azul já estava caindo."

Após analisar as imagens no monitor, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima alinhou-se à interpretação da cabine. Sua justificativa para a não punição foi baseada na premissa de que o movimento do braço de Matheus Pereira seria uma consequência direta de um desequilíbrio provocado por Bernal. Segundo o árbitro, o jogador cruzeirense teria sido "calçado" por Bernal, perdendo seu ponto de apoio e, assim, atingindo o rosto do adversário de forma não intencional.

Fluminense: Entenda a Polêmica Decisão do VAR em Cotovelada de Matheus Pereira
Foto: (Fernando Moreno/AGIF)

As Implicações da Decisão e a Visão de Especialistas

A conclusão do árbitro foi categórica, isentando Matheus Pereira de qualquer sanção disciplinar mais severa. "Acho que o braço dele bate no rosto do jogador porque ele é calçado, está vendo? É o ponto de equilíbrio dele. Para mim é sem cartão amarelo nem vermelho, ok?", declarou Rodrigo José Pereira de Lima após a revisão.

A relevância dessa decisão é amplificada pelo fato de que Matheus Pereira já havia sido advertido com um cartão amarelo. Caso o árbitro tivesse optado por aplicar um segundo cartão amarelo ou até mesmo um vermelho direto, o meia do Cruzeiro teria sido expulso da partida, alterando drasticamente o cenário do jogo para ambas as equipes.

Para endossar a interpretação da arbitragem, o especialista em arbitragem PC de Oliveira, em sua participação no programa "Fechamento" do SporTV, concordou com a decisão de não expulsar Matheus Pereira. Sua análise reforçou a ideia de que a ação foi uma reação a uma falta sofrida pelo jogador do Cruzeiro:

"- Esse é o ponto para falar dessa revisão. Tem a ação do Matheus Pereira, que toma um calço por baixo, uma banda na disputa da bola. Ele é desequilibrado, está fazendo um movimento normal protegendo. Quando ele toma esse "rapa" por baixo, ele acaba se desequilibrando e atingindo o Bernal. Se ele estivesse com essa posse de bola e fosse fazer um movimento de proteção e deixasse o braço diretamente no Bernal, amarelo. Se tivesse a ação de gatilho, cartão vermelho. Mas o contato ocorreu exatamente por que ele sofre a falta embaixo - concluiu."

Apesar da validação por parte de especialistas e da justificativa apresentada pela equipe de arbitragem, a decisão permanece um ponto de discórdia para o Fluminense e seus torcedores, que veem no lance uma oportunidade perdida de ter uma vantagem numérica crucial em um confronto direto do Brasileirão. A interpretação do "acidental" versus a intencionalidade segue como um dos maiores desafios e debates no futebol moderno, com o VAR no centro das atenções.

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