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Fluminense: Centroavante Indefinido para o Confronto Crucial com o Cruzeiro – Análise Tática
Por Redação FutFlu em 07/11/2025 12:17
A equipe técnica do Fluminense enfrenta um persistente desafio na definição de seu principal homem de referência no ataque. O técnico Luís Zubeldía tem explorado diferentes alternativas para a função de centroavante, mas, até o momento, nenhum dos nomes disponíveis no elenco conseguiu consolidar-se como a peça ideal para o setor ofensivo do Tricolor.
O plantel conta com três opções distintas para a posição: John Kennedy, Germán Cano e Everaldo. Cada um, à sua maneira, teve oportunidades de demonstrar seu valor, mas a consistência tem sido um fator ausente, gerando uma complexa equação para o comandante argentino.
As Opções de Zubeldía e Seus Desafios
Germán Cano, um dos primeiros a ser testado sob a nova gestão técnica, chegou a balançar as redes no clássico contra o Botafogo, evidenciando seu faro de gol. Contudo, após esse momento inicial de destaque, o atacante não conseguiu manter o nível de performance esperado, enfrentando um período de baixa que culminou em uma lesão, afastando-o dos gramados.
Em seguida, a oportunidade recaiu sobre John Kennedy. O jovem atacante teve participações pontuais, mas seu único gol, marcado de pênalti contra o Sport, veio do banco de reservas, sem a chance de iniciar uma sequência como titular que pudesse firmá-lo na posição. A busca por sua melhor forma e um encaixe tático ainda é um processo em andamento.
Com Cano indisponível, Zubeldía decidiu apostar em Everaldo para o confronto diante do Mirassol. A expectativa, no entanto, não se concretizou. O camisa 9 teve uma atuação discreta, não conseguindo imprimir a força e a presença que se esperava de um centroavante. Sua saída de campo, marcada por vaias da torcida, sublinhou a insatisfação geral com o desempenho do ataque naquele jogo.
A Filosofia do Treinador: A Importância do Centroavante
Apesar das dificuldades e da aparente falta de um nome incontestável, o técnico argentino mantém sua convicção na necessidade de um centroavante em campo. Zubeldía rechaça a ideia de uma formação sem esse tipo de jogador, argumentando que a posição é vital para a estrutura ofensiva de sua equipe.
?Jogar sem centroavante não. Temos bons centroavantes. Na maioria das partidas, o centroavante está jogando bem. Não vejo motivo para jogar sem centroavante. Eu gosto dos três que temos, embora sejam de diferentes idades e características. Centroavante continua sendo uma peça importante do atacante?, garantiu o técnico.
Essa declaração reforça sua perspectiva tática, indicando que a rotação na posição não é por falta de crença na função, mas sim por uma busca contínua pelo melhor ajuste e pela exploração das diferentes características de cada atleta.
As Escolhas Táticas e a Próxima Batalha
Zubeldía também ofereceu uma explicação detalhada sobre suas escolhas e o raciocínio por trás do revezamento, especialmente a opção por Everaldo na vitória sobre o Mirassol, apesar da recepção mista da torcida.
?Em algumas jogadas utilizamos o Everaldo, alternando jogadas boas e ruins, mais boas do que ruins, ele fazia o pivô. Por outro lado, o jogador nos ajuda a aguentar a pressão com mais facilidade. O Mirassol joga igual em qualquer cenário, com tranquilidade, usando um homem livre. Precisamos de um jogador que interprete bem essa questão e responda fisicamente. Acredito que Luciano e Everaldo fizeram um bom trabalho. Como terceiro ponto, era bom ter uma carta como John Kennedy para trocar, com outra característica. Era um bom trunfo, por isso optei pela presença dele?, disse.
Essa análise revela uma abordagem estratégica que vai além da simples finalização, considerando a capacidade de pivô, a retenção de bola e a leitura tática do jogo como elementos cruciais. A presença de John Kennedy como "carta na manga" para o segundo tempo também demonstra uma gestão de elenco e uma visão de jogo que busca otimizar as substituições.
Diante do Cruzeiro, no próximo domingo (9), às 16h (de Brasília), no Mineirão, pela 33ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, a expectativa é que John Kennedy retorne à titularidade. Este confronto crucial representará mais um teste para a estratégia de Zubeldía e, principalmente, para a capacidade do jovem atacante de finalmente firmar-se como a referência ofensiva que o Fluminense tanto necessita.
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