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Fluminense: A Tática de 3 Volantes de Renato Gaúcho em Xeque – Análise dos Números
Por Redação FutFlu em 16/09/2025 11:16
O Fluminense se prepara para um embate decisivo contra o Lanús, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, na próxima terça-feira, às 21h30, no Estádio La Fortaleza. Para este confronto crucial, a equipe tricolor deve reeditar sua formação com três volantes no meio-campo: Hércules, Martinelli e Nonato. Esta escolha tática, que se tornou uma marca da gestão de Renato Gaúcho, volta a ser o centro das discussões.
O técnico Renato Gaúcho tem reiterado sua preferência por esta estrutura, especialmente em confrontos de grande relevância, tanto em casa quanto fora. A exemplo do embate contra o Bahia pela Copa do Brasil, o treinador defende que as melhores exibições do time ocorreram sob esta configuração, mesmo em partidas que exigiam uma postura mais ofensiva e criativa.
Contrariando a percepção generalizada, e buscando uma análise mais aprofundada, o GE Fluminense buscou os dados compilados pelo Gato Mestre, que comparam o desempenho do time com a formação de três volantes marcadores versus a utilização de um meia mais criativo. Os números, surpreendentemente, não corroboram integralmente a tese do treinador.
Desvendando os Números: A Eficácia da Formação Tricolor
Quando o Fluminense inicia suas partidas com três volantes em campo, Renato Gaúcho registra um aproveitamento de 52,78% em 24 jogos, com um retrospecto de 11 vitórias, 5 empates e 8 derrotas. No entanto, ao optar por uma dupla de volantes e incluir um camisa 10, como Ganso ou Lucho Acosta, o índice de sucesso eleva-se para 66,67% em 15 partidas, com 9 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Estes dados sugerem uma complexidade maior na avaliação tática.
| Formação Tática | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas | Aproveitamento |
|---|---|---|---|---|---|
| Três Volantes | 24 | 11 | 5 | 8 | 52,78% |
| Dois Volantes + Camisa 10 | 15 | 9 | 3 | 3 | 66,67% |
Apesar dos dados, esta modelagem tática representou uma tentativa de Renato de conferir maior competitividade à equipe, especialmente em duelos fora de casa. Nesse contexto, jogadores como Nonato ganharam um protagonismo antes inexistente sob o comando de Mano Menezes, consolidando-se como peça fundamental na engrenagem tricolor.
A Saída de Arias e o Desafio da Consistência
Nonato , o camisa 16, solidificou sua posição no time titular a partir do confronto contra o Internacional no Brasileirão, vencido por 2 a 0. Enquanto o colombiano Arias esteve presente, os resultados obtidos com a trinca de volantes pareciam validar a estratégia de Renato. Contudo, após a saída de Arias, o panorama se alterou drasticamente. Em 11 jogos com a formação de três volantes, o Fluminense conquistou apenas quatro vitórias (contra Internacional, América de Cali por duas vezes e Bahia, onde o placar estava 0 a 0 até a substituição de Nonato ), indicando uma queda de rendimento e uma possível dependência daquele jogador específico para o equilíbrio do esquema.
O Fluminense , agora, se prepara para enfrentar o Lanús com a vantagem de decidir a vaga nas quartas de final em casa, no Maracanã, na próxima terça-feira (23), também às 21h30. A equipe que prevalecer no placar agregado avançará, e em caso de igualdade, a decisão será nos pênaltis. A escolha tática de Renato Gaúcho para este confronto, à luz dos números e do desempenho recente, será novamente posta à prova, e sua eficácia, mais uma vez, sob o escrutínio da torcida e da crítica.
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