Fluminense: A Polêmica Escolha de Renato e o Desempenho Pífio no Brasileirão

A 23ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025 trouxe à tona uma discussão tática e estratégica que reverberou intensamente nas Laranjeiras. Diante do confronto contra o Corinthians, o Fluminense optou por uma formação majoritariamente reserva, uma escolha deliberada do técnico Renato Gaúcho que visava preservar os principais atletas para o compromisso pela Copa Sul-Americana. Essa decisão, no entanto, não passou ilesa e gerou um debate acalorado sobre as prioridades do clube na temporada.

O resultado em campo, infelizmente para o torcedor tricolor, pareceu corroborar as apreensões. O desempenho coletivo, embora em alguns momentos defensivamente seguro, mostrou-se anêmico no setor ofensivo. A aposta de Renato Gaúcho, avaliada com a menor pontuação da partida (3.5 tanto pela crítica especializada quanto pelo público), indica o alto custo de tal estratégia. A equipe demonstrou solidez na retaguarda por longos períodos, mas falhou em criar perigo real ao adversário, evidenciando a fragilidade de um elenco com profundidade questionável.

A Estratégia de Renato: Prioridades em Jogo

A opção por um time alternativo no Campeonato Brasileiro é um movimento que, embora compreensível em um calendário apertado, exige resultados convincentes para justificar-se. No caso do Fluminense , a tática de poupar para a Sul-Americana, apesar de uma meta ambiciosa, resultou em um revés que expõe a vulnerabilidade do time quando seus pilares estão ausentes. A avaliação do treinador reflete diretamente o impacto dessa escolha, com a equipe sofrendo para encontrar um equilíbrio entre segurança defensiva e poder de fogo.

Notas Individuais: O Desempenho dos Atletas Tricolores

Para uma análise mais aprofundada, compilamos as notas atribuídas aos jogadores tanto pela crítica especializada (GE) quanto pelo público. Essa visão comparativa oferece um panorama claro de quem se destacou ? ou decepcionou ? na partida.

O Setor Defensivo: Entre a Segurança e a Falha Pontual

Na retaguarda, a equipe mostrou uma dualidade notável. A dupla de zaga, formada por Ignácio e Igor Rabello, trouxe segurança. Ignácio, em seu retorno de lesão, demonstrou solidez ao ?ganhar quase todas as disputas com os atacantes corinthianos?. Igor Rabello, em sua primeira oportunidade como titular, também se destacou pela firmeza, ?ganhou duelos, saiu bem jogando? e contribuiu com um ?bom lançamento para Cano?. O jovem lateral Julio Fidélis, por sua vez, teve mais um ?bom jogo?, com ?boas antecipações? e presença ofensiva.

Contudo, a pontuação de Fábio, com 4.5, revela um ponto de fragilidade crucial. Na ?única finalização do Corinthians na direção do gol em todo o jogo?, sua ?indecisão na falta cobrada por Matheuzinho? foi determinante para o gol adversário. No flanco oposto, Gabriel Fuentes teve uma noite para esquecer, sendo avaliado com 4.0. Sua performance ?mal tanto na defesa quanto no ataque?, marcada por ?decisões erradas, cruzamentos ruins e erros de passes?, indica uma fase distante de seu melhor momento pré-lesão.

Meio-Campo: Oscilações e Pontos de Luz

No coração do time, o meio-campo apresentou um cenário de inconsistência. Bernal (4.5) teve um primeiro tempo complicado, com ?muitos erros de posicionamento? e deficiências no desarme, apesar de uma ligeira melhora na segunda etapa. Otávio (5.0) cumpriu sua função defensiva sem grandes riscos, mas com pouca contribuição na construção. Em contraste, Lima (5.5) exibiu sua ?melhor atuação recente?, com mais movimentação e participação ativa nas trocas de passes, evidenciando seu conforto ?jogando junto de outro meia?.

A entrada de Lucho Acosta (6.0) e a breve, mas impactante, presença de Ganso (6.0) foram os pontos altos do setor. Ganso, antes de se lesionar, ?fazia bom jogo? e chegou a criar uma chance clara para Cano. Acosta, mesmo em pouco tempo, ?deu boa dinâmica no meio-campo, arriscou passes e levou o time à frente?, mostrando credenciais para uma vaga no time principal.

Ataque: Ausência de Poder de Fogo e Oportunidades Perdidas

O setor ofensivo foi o calcanhar de Aquiles do Fluminense , com a maioria dos jogadores recebendo as menores notas da equipe. Soteldo (4.0) ?produziu pouco? e foi vaiado, sendo inclusive apontado como responsável pelo lance que originou a falta do gol corintiano. Santi Moreno (4.0), em mais uma ?atuação abaixo?, não conseguiu ?levar perigo à defesa corinthiana?.

A maior frustração, no entanto, veio de Cano (4.0). O artilheiro, conhecido por sua letalidade, ?não pareceu o Cano que a torcida do Fluminense conhece?, desperdiçando ?as duas melhores oportunidades? da equipe. A entrada de Riquelme Felipe (6.0) trouxe um sopro de esperança, com ?nova dinâmica para o ataque? e um ?ótimo cruzamento para Cano?, que, infelizmente, não resultou em gol.