Eliminação do Fluminense na Sul-Americana: Análise Crítica das Atuações e Erros Fatais

A recente despedida do Fluminense da Copa Sul-Americana de 2025 não apenas encerra uma jornada continental, mas também acende um sinal de alerta sobre o desempenho individual e coletivo da equipe. A derrota para o Lanús, com o empate que selou a eliminação, exige uma avaliação minuciosa das atuações, revelando quem esteve aquém das expectativas e quais escolhas contribuíram para o desfecho amargo.

O Peso das Escolhas Táticas e a Fragilidade no Meio-Campo

O comando técnico, sob a batuta de Renato Gaúcho, enfrentou um escrutínio rigoroso. Apesar de uma escalação inicial considerada acertada, as substituições operadas durante o confronto foram amplamente questionadas. A desestruturação do meio-campo após as alterações foi palpável, culminando em uma queda drástica na performance da equipe e, consequentemente, na eliminação. As vaias da torcida ao final do jogo foram um reflexo direto do descontentamento com as decisões que levaram o time à apatia, tanto no primeiro quanto no segundo jogo.

Entre os atletas, Otávio emergiu como um dos pontos mais baixos. Embora tenha iniciado sua participação com certo ímpeto, o impacto do gol adversário o desestabilizou por completo. Uma sequência de erros, alguns deles gerando lances de perigo para o Lanús, e a notável afobação com a posse de bola, culminaram em vaias nos minutos finais, sublinhando sua dificuldade em manter a compostura sob pressão.

Hércules, por sua vez, teve um primeiro tempo com passes imprecisos e uma tendência a reter a bola excessivamente, o que o levou à substituição no intervalo. Martinelli iniciou o confronto aquém de seu padrão, com atrasos em lances chave, mas demonstrou evolução na etapa inicial, contribuindo na pressão alta. Em contraste, Lucho Acosta, apesar da estatura, destacou-se pela velocidade de raciocínio. Sua inteligência na assistência de cabeça para o gol de Canobbio e a boa performance geral evidenciaram o quanto a equipe ressentiu sua ausência após a saída.

Ataque Ineficaz e Vacilos Defensivos Cruciais

Na linha de frente, Everaldo teve a atuação mais criticada. Com dificuldades em duelos físicos e na disputa aérea, o atacante também desperdiçou duas chances claras no primeiro tempo, revelando uma noite para ser esquecida. John Kennedy ainda busca seu ritmo desde o retorno, mostrando dificuldade em finalizar suas tentativas e em impactar positivamente o setor ofensivo. Cano, que entrou no intervalo, não conseguiu reverter a má fase do ataque, acertando a trave nos acréscimos, um símbolo da falta de sorte e pontaria que o acompanha.

O brilho isolado veio de Canobbio, autor de um golaço de voleio e uma presença onipresente no primeiro tempo, tanto no ataque quanto na defesa. Contudo, o cansaço na segunda etapa limitou sua influência. Serna, ao encontrar espaços, levou perigo e originou o gol de abertura, mas desapareceu na segunda parte. Keno, entre os reservas, foi o que mais ameaçou, com dribles e cruzamentos, quase marcando um segundo gol em um voleio. Riquelme Felipe, sem ritmo, tentou a individualidade e, apesar de algumas perdas de bola, fez um cruzamento preciso para a trave de Cano.

Na defesa, Samuel Xavier retornou bem da lesão, contribuindo ofensivamente, mas pecou no posicionamento no contra-ataque que resultou no gol do Lanús. O experiente Thiago Silva, líder da retaguarda, cometeu passes atípicos e teve um lapso no lance do empate. Freytes errou no posicionamento, dando condição ao gol adversário, mas se redimiu com duas intervenções cruciais que evitaram a vitória do Lanús. Renê, após um primeiro tempo promissor, falhou gravemente ao perder a bola que gerou o gol de empate, perdendo a confiança e caindo visivelmente de produção.

A Performance do Goleiro e o Panorama Geral

Fábio, no gol, teve um primeiro tempo tranquilo, mas precisou de mais atenção na etapa final, embora o Lanús tenha finalizado pouco. Não teve responsabilidade direta no gol sofrido.

Análise Detalhada das Atuações Individuais

Abaixo, uma visão consolidada das avaliações dos atletas e do técnico, com as notas atribuídas pelo GE e pela percepção do público, refletindo o desempenho na partida decisiva: