Eleição Fluminense 2026-2028: Oposição Se Une em Torno de Ademar Arrais

Onda de Unificação na Oposição Tricolor

O cenário político do Fluminense Football Club testemunhou uma significativa reconfiguração nesta semana, com a consolidação de forças de oposição em torno de uma única candidatura. A chapa, liderada por Ademar Arrais e batizada de "O Fluminense tem Pressa", ganhou um impulso notável ao agregar nomes de peso anteriormente considerados pré-candidatos isolados.

Entre as adesões mais relevantes, destacam-se Luís Monteagudo, que antes figurava como pré-candidato independente, e Rafael Rolim, ex-vice da chapa de Celso Barros. A união desses expoentes ao projeto de Arrais solidifica uma frente oposicionista. Além deles, outros pré-candidatos, como Leonardo Iespa, André Horta e Ricardo Mazella, também endossaram a plataforma, fortalecendo a aliança visando as eleições.

A corrida eleitoral, agendada para 29 de novembro, definirá a gestão do clube para o triênio 2026?2028, abrangendo não apenas a presidência, mas também as vice-presidências e a composição do Conselho Deliberativo. O que se observa é um movimento estratégico em busca de maior competitividade frente aos demais pleiteantes ao cargo máximo do Fluminense .

O Campo de Batalha e o Desafio da Oficialização

Atualmente, o cenário pré-eleitoral apresenta três figuras principais que almejam a presidência: Ademar Arrais, agora à frente da chapa unificada de oposição; Celso Barros, com sua própria base; e Mattheus Montenegro, representando a situação. Contudo, é fundamental compreender que o número de pré-candidatos pode não se traduzir em um igual número de chapas oficializadas.

O regulamento eleitoral impõe um desafio significativo: para que uma chapa seja formalmente registrada, é mandatório que ela obtenha um mínimo de 200 assinaturas de sócios contribuintes ou proprietários. O prazo final para o registro das candidaturas está fixado para o dia 15 de novembro, estabelecendo uma corrida contra o tempo para os grupos que ainda não garantiram o apoio necessário.

Neste contexto, apenas dois dos pré-candidatos declaram publicamente já terem alcançado o número de assinaturas exigido para a homologação de suas candidaturas: Ademar Arrais, pela oposição, e Mattheus Montenegro, pela situação. A situação de Celso Barros, portanto, permanece em aberto quanto à sua capacidade de cumprir essa exigência estatutária.

Regulamento Eleitoral e o Perfil do Eleitor Tricolor

A data da eleição, 29 de novembro, não é aleatória, mas sim uma imposição estatutária do Fluminense . O regimento interno do clube determina que o pleito deve ocorrer, impreterivelmente, na segunda quinzena de novembro, e sempre em um sábado. A escolha específica do dia 29 foi uma decisão estratégica, que aguardou a divulgação da tabela do Campeonato Brasileiro para evitar conflitos e assegurar a máxima participação dos sócios.

Para exercer o direito ao voto neste processo decisório, o sócio deve atender a critérios específicos. É necessário ter idade igual ou superior a 16 anos e pertencer ao quadro social de forma ininterrupta por, no mínimo, um ano. Para os sócios-futebol, a exigência é de dois anos completos de associação. Em ambos os casos, a condição primordial é estar em situação regular e adimplente com o clube até a data da Assembleia Geral Eleitoral.