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Análise Arnaldo Ribeiro: Fluminense Frágil no Ataque e Defesa Vacilante Contra o Vasco

Por Redação FutFlu em 12/12/2025 12:25

A capacidade ofensiva do Fluminense é, na visão de Arnaldo Ribeiro, a mais modesta entre os quatro clubes que avançaram às semifinais da Copa do Brasil. Em sua participação no programa Posse de Bola, do Canal UOL, o analista não poupou críticas à performance do Tricolor.

Ribeiro avaliou a recente derrota de virada para o Vasco, destacando que o time cruz-maltino demonstrou uma superioridade no setor ofensivo. Em contrapartida, a retaguarda tricolor, que vinha sendo um pilar de grandes atuações, falhou em momentos decisivos, apresentando um desempenho abaixo do esperado, o que o comentarista categorizou como "deu mole".

O Dilema Ofensivo do Fluminense: Falta de Talento no Ataque

A fragilidade do Fluminense no terço final do campo foi um ponto central da análise de Arnaldo Ribeiro, que questiona a qualidade dos jogadores disponíveis para o ataque.

Dos quatro times, o Fluminense, na minha opinião, é o que tem menos bons jogadores do meio-campo para frente. Eu acho o Fluminense foi fraco do meio-campo para frente. Everaldo joga, porque John Kennedy aparece ocasionalmente. Soltedo não é bom o suficiente para ser um iniciante para qualquer time, o Cannobio não jogou. O poder de fogo, por exemplo, não tem um Rayan, não tem nem um Vegetti. Não tem Kaio Jorge, Matheus Pereira, Memphis Depay, Yuri Alberto, não tem ninguém desse nível.

A carência de atletas com poder de decisão e criatividade no ataque é, para o colunista, um fator limitante. A equipe se mostra pouco inventiva e com um elenco que carece de nomes capazes de desequilibrar, especialmente quando comparados a referências de outros clubes ou ligas.

A Inesperada Vulnerabilidade Defensiva Tricolor

Se a força do Fluminense historicamente reside em seu sistema defensivo, essa característica não se fez presente no confronto contra o Vasco, segundo Arnaldo Ribeiro. O comentarista apontou falhas graves que comprometeram o resultado.

Qual a força do Fluminense? O sistema defensivo deles e ontem ele deu mole. O sistema defensivo do Fluminense deu muito mole. O gol da vitória Vasco é um gol que você não pode tomar no mata-mata. O Rayan é inteligente, bate a falta rapidamente. O Fluminense é o Fábio, Thiago Silva e o sistema de defesa. Foi o time que concedeu poucos gols, mas para fazer também é difícil. O time é fraco do meio para frente. Pouco criativo. Poucos bons jogadores.

A agilidade do adversário na cobrança de falta que resultou no gol da vitória vascaína foi um exemplo claro de desatenção que, em jogos eliminatórios, se torna imperdoável. A solidez que Fábio e Thiago Silva costumam imprimir não foi suficiente para evitar o revés.

Memphis Depay e a Polêmica do Clássico

A atuação individual de Memphis Depay foi alvo de críticas contundentes por parte de José Trajano, que considerou seu desempenho ineficaz.

O Memphis não jogou nada, não jogou rigorosamente nada. Foi um dos piores jogadores do time. Quem jogou bem foi o pessoal no meio de campo, a defesa, laterais e tal, mas o Memphis, que também é a polêmica do jogo, é a mão ou não é a mão, mas não jogou nada. Virar herói do jogo, tá aí na enquete, fica uma vergonha colocar o Memphis aí na enquete.

Apesar da discussão sobre um possível toque de mão envolvendo o jogador, Juca Kfouri minimizou a importância do incidente, classificando-o como inconclusivo e exagerado.

Se houve mão do Memphis, é inconclusivo -- ninguém pode garantir que tenha havido. E mão, 12 horas depois do jogo, quando nem o Cruzeiro reclamou na hora. Ora, para com isso. Aí é um exagero que não cabe. Não faz o menor sentido.

A Armadilha dos Confrontos Eliminatórios: Foco Essencial

Arnaldo Ribeiro também discorreu sobre a complexidade e a pressão inerente aos jogos eliminatórios, especialmente aqueles que antecedem compromissos de maior visibilidade internacional.

Essa situação, esse jogo prévio antes do europeu, é sempre a armadilha completa. Primeiro tem que passar da semifinal. Ainda mais depois de ter passado pelo Cruz Azul, que em tese seria um confronto mais difícil e equilibrado, como foi. Então não adianta ficar pensando essa situação, por exemplo, Pedro vai entrar para ganhar minutos para estar em boas condições. Pedro vai ter que entrar se for necessário entrar para ganhar o jogo do Pyramids. O jogo da semifinal não é um preparo para a final, é uma obrigação você passar e é um peso emocional bastante considerável. É um aperitivo indigesto, quase sempre indigesto. É uma responsabilidade muito grande.

A mensagem é clara: cada partida em um torneio mata-mata é uma final em si, exigindo foco total e a compreensão de que não há espaço para encarar um confronto como mera preparação para o próximo. A responsabilidade de avançar é imensa, e qualquer distração pode se mostrar fatal.

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