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Ademar Arrais Revela Plano Audacioso para o Fluminense: Profissionalização e Ruptura com o Amadorismo
Por Redação FutFlu em 20/11/2025 17:43
Com a aproximação do pleito presidencial do Fluminense, o cenário político do clube ganha contornos mais nítidos. A imprensa especializada iniciou uma série de entrevistas com os postulantes ao cargo máximo, seguindo uma ordem alfabética para garantir equidade. Ademar Arrais, representante da chapa de oposição, foi o primeiro a apresentar suas ideias e diretrizes para o próximo triênio, com Mattheus Montenegro, candidato da situação, agendado para o dia seguinte.
Ademar Arrais, um advogado que se tornou sócio em 1996, possui uma trajetória de envolvimento com o Fluminense , tendo atuado como conselheiro em gestões anteriores, como as de David Fischel, Roberto Horcades e Peter Siemsen. Durante o tempo concedido para a exposição de suas propostas, o candidato delineou sua visão para o futuro do Tricolor, respondendo a questionamentos cruciais sobre a administração do clube.
A Visão de Profissionalismo e a Valorização do Sócio
A tônica central da plataforma de Ademar Arrais reside na busca por uma profissionalização abrangente de todas as esferas do Fluminense . Ele enfatiza a importância de reconhecer e valorizar o sócio-futebol, apontando-o como o elemento mais vital para a instituição. Segundo Arrais, a identidade e a força do Fluminense são intrinsecamente ligadas à sua torcida. Sua candidatura, conforme declarado, visa materializar princípios que sempre defendeu:
Nós queremos profissionalizar completamente o Fluminense e, para isso, o sócio-futebol tem que ser valorizado. Não há ninguém mais importante para o Fluminense do que o seu torcedor. O Fluminense é o que é em função da sua torcida. Então, e agora, sou candidato à presidência do Fluminense exatamente para colocar em prática tudo aquilo que eu sempre defendi. Ou seja, a democratização do clube, a separação do futebol do olímpico e do social, a profissionalização completa do futebol do clube.
Essa perspectiva aponta para uma reestruturação profunda, com a intenção de segregar as operações do futebol das áreas olímpica e social, permitindo uma gestão especializada para cada setor. A profissionalização, para Arrais, é o caminho para um Fluminense mais eficiente e moderno.
O Papel do Presidente e a Gestão do Futebol
Arrais delineia um perfil de presidente que se distancia de intervenções diretas no cotidiano do vestiário. Para ele, a figura presidencial deve focar em questões estratégicas e de governança, atuando na fiscalização de contratos, na condução de contratações que realmente beneficiem o clube e na defesa dos interesses do Fluminense em instâncias como a CBF, não como um mero chefe de delegação, mas como um defensor ativo contra possíveis prejuízos. Ele expressa claramente sua visão sobre as atribuições do líder do clube:
Não é papel de presidente ficar fazendo preleção em vestiário, ficar indo para o vestiário para abraçar jogador. O papel do presidente é cuidar das questões macro do clube, é fiscalizar os contratos, é contratar de acordo com os interesses do Fluminense, é defender o Fluminense na CBF, sim, mas não para ser chefe de delegação, é defender os interesses do Fluminense na CBF para que o Fluminense não seja tão prejudicado como vem sendo.
Ainda sobre o futebol, a principal proposta de Ademar Arrais para o setor é a completa profissionalização, com a implementação de uma nova estrutura de liderança. Ele propõe a criação de um Departamento de Futebol chefiado por um CEO, que seria responsável por integrar as diversas divisões. Abaixo do CEO, haveria um diretor de futebol, cuja escolha seria pautada por um "DNA tricolor" e vasta experiência, visando superar o que ele classifica como uma "cultura de amadorismo".
Eleição: Regras e o Futuro Administrativo
A data marcada para a eleição presidencial do Fluminense é 29 de novembro. Para que suas candidaturas fossem formalizadas, tanto Ademar Arrais quanto Mattheus Montenegro necessitaram reunir e apresentar um mínimo de duzentas assinaturas, provenientes de sócios contribuintes ou proprietários, demonstrando o apoio inicial à suas chapas.
A elegibilidade para o voto abrange diferentes categorias de sócios, conforme detalhado na tabela a seguir:
| Categoria de Sócio | Idade Mínima | Tempo de Associação | Situação |
|---|---|---|---|
| Sócio Contribuinte/Proprietário | 16 anos | Mais de 1 ano completo e ininterrupto | Regular até o dia da Assembleia |
| Sócio Futebol | 16 anos | Mais de 2 anos completos e ininterruptos | Não excluído por inadimplência (3 mensalidades contínuas ou alternadas) |
O presidente que for eleito neste processo assumirá o comando do Fluminense para o triênio que se estende de janeiro de 2026 a dezembro de 2028. Durante seu mandato, uma das responsabilidades cruciais será a condução do processo de criação e subsequente comercialização de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), iniciativa que já se encontra em andamento. Para facilitar o processo de votação, os candidatos já têm seus números definidos: Mattheus Montenegro concorrerá com o número 20, enquanto Ademar Arrais utilizará o 30, seguindo o modelo de votação por número adotado nas últimas eleições.
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