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Fluminense Perde na Fonte Nova: Análise da Ineficiência Tricolor na Copa do Brasil
Por Redação FutFlu em 29/08/2025 03:12
A partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil de 2025, na Arena Fonte Nova, viu o Fluminense sucumbir ao Bahia por um placar mínimo de 1 a 0, com gol de Luciano Juba. O resultado, frio e implacável, ressoa uma máxima do futebol tão antiga quanto o esporte: a quem não converte, resta lamentar. Embora o Tricolor das Laranjeiras não tenha dominado o confronto contra um adversário conhecido por sua força em casa, foi a equipe que construiu as oportunidades mais claras para alterar o marcador, chegando até a balançar as redes em lance que foi invalidado por detalhes.
Além do gol anulado de Serna, por uma questão de centímetros, a ineficiência ofensiva se manifestou em momentos cruciais. Canobbio e Everaldo, por exemplo, tiveram chances cristalinas de inaugurar o placar. O uruguaio viu o goleiro Ronaldo intervir em um lance cara a cara, enquanto Everaldo , após um cruzamento preciso de Serna, finalizou de cabeça para fora. São lances que, em um mata-mata, definem destinos e deixam um amargo sabor de "e se?".
A Estratégia de Renato e o Duelo Tático
A "formação das copas", tática já testada e aprovada por Renato Gaúcho em embates de alta voltagem ? como contra o Internacional no Beira-Rio e o Borussia Dortmund no Mundial ?, demonstrou novamente sua eficácia na Fonte Nova. O trio de volantes no meio-campo cumpriu sua função primordial: anular a articulação ofensiva do Bahia pelo centro e, na recuperação da posse, acelerar o jogo pelas pontas. Essa abordagem tática permitiu ao Fluminense , após uma blitz inicial do time mandante que resultou em uma bola na trave, estabilizar-se e assumir certo controle, mesmo após a saída precoce de Samuel Xavier por lesão.
Martinelli e Hércules, mais uma vez, configuraram uma dupla consistente no setor de meio-campo. Sua atuação foi um dos pontos altos da equipe, destacando-se tanto na capacidade de combate quanto na fluidez das transições. Em contraste, Nonato teve uma jornada aquém do esperado, cometendo erros excessivos e comprometendo a continuidade de algumas investidas ofensivas. Na frente, Everaldo enfrentava a solidez defensiva de David Duarte e Santiago Mingo, mas Canobbio e Serna exploravam as laterais com velocidade, criando as principais ameaças. O uruguaio, em uma arrancada pela direita, chegou a ficar frente a frente com Ronaldo, que defendeu a batida cruzada.
A sina tricolor nas bolas aéreas ofensivas, com baixo aproveitamento, manteve-se. O gol de Serna, originado de escanteio, foi anulado por um impedimento milimétrico, provocado por um detalhe da chuteira do camisa 90. Esse lance encapsula a frustração de uma equipe que, apesar de criar, não consegue validar seus esforços no placar.
Aos 30 min do 1º tempo - revisão do VAR de Serna do Fluminense contra o Bahia

O Preço da Distração: Um Gol Decisivo
Mesmo na etapa complementar, o Fluminense conseguiu neutralizar a imposição do Bahia, mantendo o equilíbrio na posse de bola, que se encerrou em 50% para cada lado. Contudo, o segundo tempo transcorreu com menor intensidade. A marcação tricolor continuou eficaz, mas a produção ofensiva diminuiu. As melhores chances surgiram de bolas alçadas na área, onde a defesa baiana mostrava dificuldades. Em uma dessas jogadas, Nonato arriscou um belo voleio que, embora sem muita força, quase encobriu Ronaldo, que se esticou para desviar a escanteio.
O cenário apontava para um empate sem gols, mas, mais uma vez, um lapso coletivo da defesa tricolor forneceu ao Bahia a oportunidade que precisava para vencer. Bernal interrompeu um contra-ataque com uma falta no meio-campo e, ao virar as costas, não pressionou a cobrança rápida. A inação permitiu que Jean Lucas, com total liberdade, acelerasse a jogada e lançasse nas costas da zaga. Luciano Juba dominou, finalizou e contou com um desvio de Guga, que também deu condição legal ao adversário, para selar o 1 a 0.
A Visão do Comandante e o Desafio no Maracanã
O técnico Renato Gaúcho, em suas declarações pós-jogo, ponderou sobre o ocorrido, distinguindo a performance do resultado.
? Você não pode falar que o time tem se desconcentrado. Hoje o time não se desconcentrou. Hoje não foi o time. Foram dois jogadores no máximo. Então o time estava fazendo uma belíssima partida, como eu falei. Só que aqui, quando ganha, ganha todo mundo. Quando perde, perde todo mundo. Então quem entende futebol, quem vê futebol, conhece futebol, vê onde está a falha ? afirmou Renato.
Como o próprio treinador ressaltou, o placar final nem sempre reflete o desempenho em campo. No entanto, em competições de mata-mata, a eficácia é soberana. É imperativo encontrar meios para vencer e, sobretudo, converter as chances criadas. O Bahia soube fazê-lo. Agora, o desafio para o Fluminense é ainda maior: reverter a desvantagem no Maracanã, daqui a 13 dias, precisando de uma vitória por dois gols de diferença para alcançar a semifinal da Copa do Brasil, algo que não acontece há três anos. A equipe demonstrou capacidade, agora precisa provar que consegue.
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