Fluminense Avança na Copa do Brasil: Análise da Vitória Contra o Bahia e o Brilho de Thiago Silva

O Fluminense não apenas confirmou seu favoritismo, mas o fez com uma atuação que beirou a superioridade em todos os setores do campo. Na noite desta quarta-feira (10), o Tricolor das Laranjeiras garantiu sua passagem para a semifinal da Copa do Brasil ao superar o Bahia por 2 a 0, em um Maracanã pulsante. A vitória representou uma virada significativa, visto que a equipe de Renato Gaúcho havia saído em desvantagem no confronto de ida, perdendo por 1 a 0 na Fonte Nova. Os gols de Canobbio e, emblematicamente, de Thiago Silva selaram o destino do confronto, catapultando o clube carioca para a próxima fase da competição nacional.

Agora, o desafio na semifinal será contra o vencedor do clássico carioca entre Botafogo e Vasco, que empataram em 1 a 1 no primeiro jogo em São Januário, com a decisão marcada para esta quinta-feira (11), às 21h30 (de Brasília).

A Necessidade da Vitória e a Hegemonia Tricolor

Desde o apito inicial, a postura do Fluminense deixou clara a urgência por um resultado positivo. A equipe impôs um domínio territorial e de posse de bola avassalador durante toda a primeira etapa, sufocando as tentativas do Bahia de construir jogadas ofensivas. O plano tático envolvia a exploração das laterais, com Serna e Canobbio buscando a profundidade, mas a efetividade era comprometida pela escassa presença de atacantes na área adversária. Apesar da movimentação constante de Everaldo e da criatividade de Nonato, que arriscou um belo chute defendido por Ronaldo, as chances mais claras de gol demoravam a surgir. Um cabeceio de Thiago Silva , raspando a trave, foi um dos poucos lances que arrancou um suspiro da torcida tricolor.

Do lado baiano, a estratégia parecia depender demais da inspiração de Everton Ribeiro, que, embora talentoso, encontrava poucas opções para progredir com a bola. O Esquadrão de Aço raramente conseguiu ameaçar o gol adversário, limitando-se a contra-ataques esporádicos que não causaram real perigo. A exceção foi um arremate de Kayky nos acréscimos, tentando encobrir Fábio de fora da área, mas que não alterou o panorama de um Fluminense confortável em sua superioridade, ainda que sem a contundência necessária para abrir o placar.

A Chave para a Classificação: Persistência e o Gol do Capitão

O retorno para o segundo tempo trouxe um Fluminense com a mesma intensidade e volume de jogo, mas com uma dose extra de objetividade. A pressão incessante logo rendeu frutos. Aos sete minutos, após uma jogada iniciada por Lucho Acosta, que havia entrado no intervalo, Renê tentou um cruzamento que encontrou o braço esquerdo de Michel Araújo dentro da área. O pênalti foi prontamente assinalado. Na cobrança, Canobbio demonstrou frieza e converteu, levando o Maracanã ao delírio e colocando o Tricolor à frente no placar.

Mesmo com a vantagem, o time carioca não diminuiu o ritmo, buscando incessantemente o gol que selaria a classificação sem depender de prorrogação. As tentativas de Rogério Ceni em conter o ímpeto tricolor com substituições não surtiram efeito. O Fluminense continuava a criar, como na jogada em que Keno, lançado pela esquerda, recuou para Martinelli, cujo chute de chapa passou muito perto da meta adversária. A consagração veio aos 38 minutos: Canobbio cobrou uma falta pela esquerda, e Thiago Silva , subindo sem marcação, cabeceou com precisão cirúrgica para estufar as redes. O gol do ídolo não apenas ampliou a vantagem, mas garantiu, de forma definitiva, a vaga do Fluminense na semifinal da Copa do Brasil, fazendo a torcida explodir em festa.

Ficha Técnica: Os Dados do Confronto Decisivo