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Zubeldia no Fluminense: O Fim de Uma Espera de Quase Três Décadas por um Técnico Estrangeiro
Por Redação FutFlu em 25/09/2025 17:42
O Fluminense Football Club oficializou, na última quinta-feira (25), a contratação do técnico argentino Luis Zubeldia, que assume o comando da equipe em substituição a Renato Gaúcho. Esta movimentação representa um marco significativo, pois o clube retoma a tradição de ter um comandante estrangeiro após um intervalo de quase três décadas. Com um vínculo estabelecido até o término de 2026, Zubeldia iniciou suas atividades no Centro de Treinamento Carlos Castilho já na sexta-feira (26). Ao longo de sua trajetória, o Fluminense já contou com dezesseis profissionais de outras nacionalidades na liderança técnica.
O último a ocupar a prancheta tricolor sem dominar o português foi o uruguaio Hugo de León, em julho de 1997. Sua passagem, contudo, foi efêmera, resumindo-se a apenas duas semanas e três confrontos, com um balanço de uma vitória, um empate e uma derrota, um período breve demais para deixar uma marca duradoura. A nomeação de Zubeldia, portanto, não é apenas uma mudança de comando, mas o encerramento de um ciclo de 28 anos de exclusividade nacional na área técnica do clube.
A Quebra de Um Paradigma: O Retorno Estrangeiro ao Fluminense
A história do Fluminense já registra a presença de outros três compatriotas de Zubeldia. José Omar Pastoriza, por exemplo, teve uma atuação singular em 1985, dirigindo o time em apenas uma ocasião. Alfredo González, em 1967, permaneceu por quinze partidas. Contudo, Adolpho Milman, conhecido como "Russo", destaca-se como um dos estrangeiros com maior longevidade no banco tricolor, tendo comandado a equipe entre abril e setembro de 1945.
Abaixo, um resumo da trajetória dos técnicos argentinos que antecederam Zubeldia no Fluminense :
| Nome | Período | Jogos | Observações |
|---|---|---|---|
| José Omar Pastoriza | 1985 | 1 | Passagem pontual |
| Alfredo González | 1967 | 15 | Curta permanência |
| Adolpho Milman (Russo) | Abril-Setembro 1945 | Um dos estrangeiros mais ativos |
Além dos argentinos e do recente uruguaio Hugo de León, o Tricolor já abrigou uma diversidade de culturas em sua área técnica. A lista inclui dois ingleses (Quincey Taylor e Charlie Williams), um dinamarquês (Pode Pedersen), um húngaro (Eugênio Medgyessy), um paraguaio (Fleitas Solich) e um grupo de sete uruguaios que, além de De León, contava com Humberto Cabelli, Hector Cabelli, Athuel Velázquez, Ondino Vieira, Carlos Carlomagno e Ramón Platero.
Legados Além-Fronteiras: Um Panorama Histórico Tricolor
Nesse rol de estrangeiros, o uruguaio Ondino Vieira se sobressai como a figura de maior relevância e impacto. Sua presença no comando do Fluminense estendeu-se por expressivos 302 jogos, distribuídos em duas passagens distintas (de 1938 a 1943 e, posteriormente, de 1948 a 1950). Vieira é amplamente reconhecido como um dos pioneiros na implementação do esquema tático 4-2-4, uma inovação que marcou uma revolução no cenário futebolístico de sua época.
Seu legado não se restringe apenas à tática. Sob sua batuta, o Fluminense ergueu troféus importantes, como três Campeonatos Cariocas (em 1938, 1940 e 1941), um Torneio Extra (a Taça Oscar Cox, em 1941) e um Torneio Municipal (em 1948). A performance de Vieira estabeleceu um padrão de excelência para os técnicos estrangeiros no clube, um desafio e tanto para Zubeldia.
O Paradigma de Sucesso: A Era Ondino Vieira e Seus Desafios
Com a chegada de Luis Zubeldia, o Fluminense não apenas preenche uma vaga, mas reabre um capítulo em sua rica história de intercâmbio técnico. O argentino terá a tarefa de honrar essa tradição, buscando emular os sucessos de seus antecessores e, talvez, escrever um novo e vitorioso capítulo para o Tricolor das Laranjeiras, sob o olhar atento de uma torcida que anseia por resultados e um futebol de alta qualidade.
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