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Zubeldía Explica Triunfo Sofrido do Fluminense e Valoriza Elenco Tricolor

Por Redação FutFlu em 17/10/2025 00:34

A recente vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Juventude, em jogo válido pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, deixou um gosto agridoce no ar. Apesar dos três pontos conquistados no Maracanã, a atuação da equipe tricolor foi amplamente questionada. Contudo, o técnico Zubeldía, em sua coletiva pós-partida, ofereceu uma perspectiva singular sobre o resultado, valorizando o gol decisivo de Thiago Silva, que selou o triunfo aos 57 minutos do segundo tempo, já nos acréscimos.

Para o comandante argentino, a maneira como a vitória foi alcançada, no apagar das luzes, confere-lhe um significado particular, distinto de um resultado obtido com mais tranquilidade. Ele traça um paralelo com as lamentações que surgem quando se perde ou empata nos momentos finais, sugerindo que o oposto ? vencer de forma dramática ? merece igual destaque.

O Sabor Inesperado da Vitória nos Acréscimos

Dentro do contexto, a vitória é muito importante. Assim como se ressalta quando você perde ou empata no fim, vencer no fim tem outro sabor. A equipe vinha de uma sequência no ano de empatar no fim ou perder no fim. E quando se ganha no fim também temos que ressaltar. É linda essa sensação para os torcedores também

A declaração de Zubeldía ressalta não apenas a relevância dos pontos, mas também o impacto emocional de um gol tardio, capaz de inflamar a torcida e reforçar a crença no potencial do time. Essa percepção do "outro sabor" da vitória parece ser um pilar da filosofia do treinador, que busca extrair lições e motivação até mesmo dos cenários mais complexos.

A Sinceridade sobre a Má Atuação e a Força do Elenco

Apesar da celebração do gol salvador, Zubeldía não se esquivou de uma análise crítica sobre o desempenho de seu time. Com franqueza, ele admitiu as dificuldades enfrentadas em campo, reconhecendo que a equipe não conseguiu apresentar sua melhor versão, com pouca criação de jogadas perigosas e problemas na finalização das ações ofensivas.

Dito isso, fizemos um jogo ruim, não jogamos bem. Não conseguimos encontrar nossa melhor versão, nos custou gerar situações de gol, situações perigosas no campo, não conseguimos terminar bem as jogadas. Mas tenho que destacar que a equipe respondeu até o último momento e teve fé. Isso acontece porque o plantel é um bom plantel, com bons jogadores. Eu tenho variantes

Apesar das falhas, o técnico fez questão de enaltecer a persistência e a fé do elenco, elementos que, em sua visão, foram cruciais para a virada no placar. Ele atribuiu essa capacidade de superação à qualidade e profundidade do grupo de jogadores, enfatizando que a riqueza de opções táticas permite ao Fluminense adaptar-se e lutar até o fim. Zubeldía mencionou a possibilidade de usar dois atacantes, a versatilidade de Riquelme pela perna invertida e a estrutura com três meio-campistas, mesmo diante de desfalques importantes como Ganso e Lucho.

Quero destacar o plantel porque disse quando assumi que temos boa quantidade e bons jogadores. E tenho distintas variantes. Hoje falamos na preleção para eles ficarem atentos às mudanças porque iríamos precisar. Mesmo sem jogar bem, mesmo pessoalmente podendo ter me equivocado em alguma decisão. Mas não é pouco poder jogar às vezes com dois atacantes, com três meio-campistas, se dar o luxo de colocar um lateral mais ofensivo do que um posicional... E ter outras opções. Quero mencionar isso porque não foi só uma vitória para os torcedores, mas para o plantel. É um bom plantel

Estratégias Ofensivas e o Dilema dos Camisas 10

Questionado sobre a criação de alternativas no setor ofensivo, Zubeldía abordou a complexidade de enfrentar defesas fechadas. Ele reconheceu que a presença de "camisas 10" é fundamental para a criatividade, mas apontou em Lima um jogador capaz de gerar lances inesperados na dinâmica de ataque. A dificuldade contra um Juventude com sistema defensivo mais sólido, que deixou pouco espaço, fez com que o Fluminense recuasse para buscar a bola, isolando os pontas. A solução encontrada foi a inserção de um quarto homem para criar, e posteriormente, a utilização de dois centroavantes, como Kennedy e Cano, e depois Kennedy e Everaldo, o que acabou por resultar no gol.

Os camisas 10 têm uma centelha de criatividade. Mas para mim o Lima é um jogador que pode criar jogadas impensadas na dinâmica de ataque.

A escolha por Germán Cano como titular também foi defendida pelo técnico, que o classificou como um "bom jogador, um atacante com muito gol". Contudo, Zubeldía fez questão de ressaltar a importância de John Kennedy como uma "alternativa" valiosa, um verdadeiro "jogador número 12" capaz de gerar um impacto positivo ao entrar no decorrer da partida, especialmente quando o adversário está desgastado. Essa dosagem da força ofensiva é vista como uma estratégia para surpreender os oponentes.

Eu acho que o Germán é um bom jogador, é um atacante com muito gol. E são decisões que você pensa que são as corretas. Eu também acho que o John é um jogador que entra bem. O que eu conheço do John também é uma alternativa, se as coisas não saem tão bem, ele é um jogador forte. É esse jogador número 12 que você tem e que te gera coisas muito positivas. Ele fez isso aqui no Fluminense . Tem uma história recente que você conhece, ele é um jogador que gera uma vantagem quando ele tem que entrar também. Então, nós tentamos dosificar essa surpresa, dosificar essa força no ataque dessa maneira. Não é a única, pode ser a inversa, como disse contra o jogo do Mirassol, pode ser a inversa. Eu acho que o John também te dá essa explosividade quando o rival está cansado e também te gera expectativas. Porque ele é um jogador que faz a diferença, ou ao menos gera essa dinâmica impensada que te dão os bons jogadores, não? Eu penso.

Gestão de Elenco e a Presença Peculiar no Aquecimento

A gestão de um elenco numeroso e qualificado, segundo Zubeldía, é um "problema lindo". Ele se manifestou sobre as convocações de Riquelme e Lezcano, que ocorreram devido aos desfalques de Keno e Lucho Acosta, respectivamente. O técnico expressou satisfação em ter tantas opções, preferindo lidar com a "dor de cabeça" de ter que escolher entre bons jogadores do que a falta de alternativas. Ele confirmou a expectativa de que Lucho Acosta retorne contra o Vasco, reforçando a importância de ter o maior número de atletas à disposição nesta fase do torneio.

É por isso que eu destaco a quantidade de jogadores. Em um ponto é um problema, mas é um problema lindo. Prefiro que me perguntem "profe, porque não joga esse, aquele?" do que não ter opções. É válido que quando jogue um jogador, perguntem do outro. Joga o outro, me perguntem do outro. Sempre vão me perguntar sobre o que não está. Então está bom, perfeito. Eu vivi não ter tantos jogadores e, hoje, estou desfrutando de ter jogadores. Todo os jogadores que temos internamente estão trabalhando, estamos prestando atenção, temos uma comissão importante que atende a todos. Estamos todos atentos a como vão evoluindo. Mas, claro, para a partida só vão 23. Estou contente com o plantel. Depois, veremos com o tempo quem vamos posicionando. Mas claramente hoje que o Lezcano pode entrar porque Lucho está lesionado, foi assim. E Riquelme pôde entrar porque o Keno não estava.

Por fim, Zubeldía comentou sua presença no aquecimento dos jogadores, um hábito que ele adotou mais recentemente em sua carreira. O técnico afirmou que não sabe o que essa presença gera externamente, mas que ele próprio desfruta do espetáculo, observando a equipe adversária e a atmosfera do estádio, buscando informações que talvez não estivessem disponíveis no banco de reservas. Sua conclusão resume bem a noite:

Não sei se gero algo. Importante é que eu desfruto do espetáculo. Quando entro no aquecimento, observo um pouco a equipe rival, o perfil de alguns jogadores. Às vezes, tem uma certa informação que no banco não vai ser ter. Gosto de estar ali, da atmosfera. No início da minha carreira, eu não fazia, mas recentemente tenho feito. É um espetáculo e quero desfrutar. Não sei o que gero. Me parece que o mais importante hoje para o Fluminense é que sentimos que poderíamos jogar. Não fizemos uma boa partida, fizemos uma partida ruim, mas ganhamos.

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