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Germán Cano: O Retorno Triunfal ao Lanús como Lenda do Fluminense

Por Redação FutFlu em 16/09/2025 08:15

A jornada da delegação do Fluminense até o complexo Ciudad de Lanús ? Néstor Díaz Pérez, na província de Buenos Aires, carregará um significado particular para Germán Cano. Ao cruzar a Rua Ramón Cabrero 2007, o atacante argentino será transportado a um passado distante, revisitando o berço de sua formação. Seu retorno ao Lanús, clube que o revelou e adversário do Fluminense , ocorre sob um prisma completamente distinto do que marcava sua presença entre 2010 e 2011.

Nascido no hospital Gandulfo, em Lomas de Zamora, e oriundo de um lar modesto, Cano manifestou sua conexão com o futebol desde tenra idade. Sua habilidade em competições infantis por agremiações de bairro capturou a atenção de maneira peculiar, aos nove anos. Foi um carpinteiro, Hernán Prol, juntamente com o ex-dirigente Beto Monje, quem o conduziu ao Lanús. Prol, em particular, tomou conhecimento do jovem talento através de uma emissora de rádio local que enaltecia um garoto em destaque em torneios infantis.

Nas categorias de base do Lanús, a trajetória de Cano foi marcada por reconhecimento, com seu nome frequentemente em evidência nos periódicos locais. Considerado um atleta de qualidade superior, não apenas pelos gols, mas pela sua visão de jogo, ele chegou a ostentar a emblemática camisa 10 antes de ascender ao profissional. Contudo, essa promessa juvenil não se traduziu em consolidação na equipe principal. Com apenas 24 aparições como profissional, predominantemente vindo do banco de reservas e com escassos minutos em campo, e anotando somente dois gols pelo clube do coração, Cano, aos 23 anos, desligou-se do Lanús rumo ao Colón. A falta de êxito no cenário futebolístico argentino o colocou diante de uma bifurcação: prosseguir na profissão de jogador ou auxiliar o pai, um sapateiro. A escolha foi pela persistência nos gramados.

A Ascensão Contraditória: Do Anonimato Argentino ao Estrelato Internacional

Sua jornada o levou por diversos clubes no México e na Colômbia, palcos onde, de fato, alcançou proeminência e conquistou o status de ídolo antes de seu desembarque no Vasco. Desde 2022 no Fluminense , consolidou-se como o principal goleador do futebol brasileiro nesse período. Foi decisivo em duas conquistas do Campeonato Carioca frente ao Flamengo, sagrou-se artilheiro na campanha vitoriosa da Conmebol Libertadores de 2023 e ergueu a Recopa Sul-Americana no ano anterior.

A conexão de Cano com o Lanús permanece vigorosa. Um indício notável é a escolha de sua camisa no Fluminense : ele não veste o tradicional número 9 dos centroavantes, mas sim o 14, uma homenagem explícita ao clube argentino. Em 2023, Beto Monje, ex-dirigente do Lanús e testemunha da infância de Cano, esclareceu a simbologia por trás do número:

"Eu perdi o contato com o Cano depois que ele saiu do Lanús. Quando eu o vi jogando com a 14 já sabia (que era torcedor do Lanús). Aqui, o 14 é da torcida. O Boca, por exemplo, tem a "La 12". O Lanús é a "La Barra 14""

Raízes Profundas e a Simbologia da Camisa 14

A ligação familiar com o Lanús é profunda: Marina Recalde Franco, mãe de Cano, recentemente falecida, desempenhou funções de serviços gerais na sede do clube, uma forma de complementar a renda familiar e de se manter próxima ao filho. Seu irmão, Julián, também trilhou o caminho das categorias de base grenás. Assim, foi nas entranhas desse clube de bairro argentino que Germán Cano deu os passos inaugurais de uma jornada que o conduziria à consagração e à idolatria no Fluminense .

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Comentado em 16/09/2025 09:51 Cano é brabo demais, nossa lenda viva, rsrs!
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