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Fluminense x Aparecidense: Análise Crítica da Vitória na Copa do Brasil

Por Redação FutFlu em 30/04/2025 03:12

A equipe do Fluminense conquistou um triunfo mínimo sobre a Aparecidense, com o placar de 1 a 0, gol solitário de Keno. No entanto, o desempenho apresentado esteve distante de satisfazer sua torcida, seja aquela presente nas arquibancadas ou os que acompanharam pela transmissão. Uma combinação de execução deficiente e alguma infelicidade impediu a construção de um resultado mais tranquilo, deixando a decisão da vaga para o confronto de volta, longe de seus domínios.

Estratégia e Execução em Campo

O técnico Renato Gaúcho promoveu mudanças na formação inicial visando uma postura mais incisiva. O plano tático consistia em pressionar intensamente um oponente que, previsivelmente, adotaria uma estratégia defensiva buscando o empate. O aspecto do volume de jogo foi alcançado, mas a equipe falhou na qualidade, tanto na circulação da bola quanto na conclusão das jogadas.

A escalação tricolor apresentou Fuentes, Nonato e Keno substituindo Renê, Bernal e Canobbio, respectivamente. As trocas visavam um lateral de maior profundidade, um meio-campista com mais capacidade de armação e um atacante de maior combatividade. Contudo, é fundamental considerar a perda precoce de Cano, ainda nos primeiros dez minutos, peça central na capacidade ofensiva do time.

A intensidade e o volume de jogo corresponderam ao que se esperava. A equipe iniciou pressionando no setor ofensivo, mantendo a posse da bola e realizando recuperações rápidas nas inúmeras ocasiões em que a perdia. No entanto, essa foi praticamente a única característica positiva exibida, particularmente durante a etapa inicial.

Números que Não Contam a História

O registro de 25 tentativas de finalização, com dez delas direcionadas ao alvo, pode sugerir uma superioridade esmagadora do Fluminense sobre a Aparecidense. Essa estatística serve como um claro exemplo de como dados brutos nem sempre capturam a essência de uma partida.

Aqueles que acompanharam o confronto presenciaram uma equipe carente tanto de paciência quanto de dinamismo para desorganizar a linha defensiva do time goiano. Superar uma retranca é, por natureza, uma tarefa desafiadora, mas a Aparecidense tampouco exibia uma organização defensiva notavelmente coesa.

O Tricolor detinha o controle da bola e circulava constantemente nas proximidades da área adversária, mas as oportunidades reais de finalização foram escassas. E nas raras vezes em que surgiram, foram mal aproveitadas. O primeiro exemplo notável foi com Everaldo, que, após um belo corta-luz de Ganso, finalizou rasteiro, facilitando a intervenção do goleiro Matheus Alves.

Daquele momento até o fim do primeiro tempo, o Fluminense demonstrou dificuldades em encontrar caminhos para o gol. Recorreu a tentativas de fora da área, a maioria sem precisão. A atuação apagada de Arias, que falhou em 12 passes somente na primeira etapa, agravou a baixa produtividade ofensiva.

Ansiedade e Oportunidades Perdidas

O retorno dos vestiários revelou uma postura inicialmente distinta, mais agressiva, porém que gradualmente deu lugar à ansiedade. Esse sentimento se acentuou particularmente após a sequência de chances desperdiçadas.

As primeiras oportunidades na segunda etapa surgiram com Keno : uma finalização da entrada da área, originada de um passe de calcanhar de Samuel Xavier, e outra da marca do pênalti, após cruzamento de Nonato . Ambas poderiam ter sido executadas com maior contundência, o que permitiu as defesas de Matheus Alves. Posteriormente, Freytes acumulou três chances em sequência: um chute para fora, um defendido pelo goleiro e um que acertou a trave.

Durante esse período, Renato optou pela entrada de Lima na vaga de Martinelli, buscando injetar maior capacidade criativa no setor de meio-campo.

O Risco do Contra-ataque e o Alívio Tardio

A estratégia de intensificar a pressão sobre a Aparecidense, projetando a equipe para o ataque, teve como efeito colateral a exposição do próprio campo defensivo. Notavelmente, após as cobranças de bola parada do Tricolor, que se mostraram ineficazes, o time da Série D encontrou espaços para contra-atacar e, inclusive, ameaçar abrir o marcador.

O adversário chegou a ter, no mínimo, três excelentes oportunidades de contra-ataque direto, mano a mano com a defesa, que felizmente para o Fluminense , não foram convertidas.

Curiosamente, o jogador que mais se destacou pela busca pelo jogo, pelas tentativas de finalização e pela criação de lances de perigo acabou sendo o responsável por encontrar a solução. Keno marcou o gol que garantiu o alívio da vitória para o Fluminense .

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No entanto, conforme evidenciado pela manifestação de desaprovação da torcida ao final da partida, o desempenho exibido não inspira confiança em uma equipe pronta para enfrentar desafios de maior calibre. Os obstáculos futuros se avizinham, e uma evolução célere é imperativa para que o Fluminense possa almejar conquistas significativas nesta temporada.

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Comentado em 30/04/2025 04:51 Vitória é vitória, mlk! Vamos pra cima!
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