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Fluminense: Áudio do VAR Expõe Decisão Polêmica de Gol Anulado pela CBF
Por Redação FutFlu em 09/10/2025 13:55
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tornou público, nesta quinta-feira (9), o registro da comunicação entre o árbitro de vídeo, Caio Max Augusto Vieira, e o juiz principal, Rodrigo José Pereira de Lima. O objeto da divulgação é o lance do gol invalidado de Lucho Acosta, ocorrido na partida em que o Fluminense sofreu uma derrota para o Mirassol. O material revela que, embora a equipe de arbitragem de vídeo tenha inicialmente descartado a infração na queda do jogador, essa percepção se alterou drasticamente no decorrer da revisão.
A jogada em questão se desenrolou aos 31 minutos do primeiro tempo, em um momento crucial em que o placar ainda permanecia inalterado. Poucos minutos após a anulação, mais precisamente três, o Mirassol conseguiu abrir o marcador com um gol de Guilherme. Embora o Tricolor das Laranjeiras tenha alcançado o empate com Martinelli, o time adversário, conhecido como Leão Caipira, assegurou a vitória nos instantes finais com um tento de Negueba.
A decisão arbitral provocou uma onda de descontentamento notável entre os atletas do Fluminense , o técnico Luis Zubeldía e, inclusive, o presidente do clube, Mário Bittencourt. O mandatário, por meio de uma publicação em suas plataformas digitais, expressou preocupação com a falta de uniformidade nos critérios de arbitragem e reiterou a necessidade de uma atualização e aprimoramento contínuo para os profissionais que atuam na arbitragem.
A Controvérsia do Gol Anulado: O Impacto no Fluminense
A sequência de eventos que culminou na anulação do gol demonstra uma complexidade interpretativa. No exato instante em que o atacante uruguaio recupera a posse da bola, é possível distinguir uma voz na cabine do VAR exclamando "pisou na bola". Contudo, a resposta imediata do árbitro em campo foi de que não havia ocorrido nenhuma falta na jogada, indicando uma divergência inicial de percepção.
Posteriormente, durante a análise aprofundada do lance, já após a concretização do gol de Acosta, uma mudança de perspectiva se manifesta. O auxiliar do VAR, Cleriston Clay Barretos Ríos, revê sua interpretação inicial, declarando: "Para mim não foi falta. Ele pega na perna, interpretei errado antes. Impedimento não tem". Esta fala sugere uma autocorreção, onde o auxiliar, ao rever as imagens, reconhece o contato que antes não havia sido percebido como infração.
Na etapa subsequente da análise, o responsável pela arbitragem de vídeo, Caio Max Augusto Vieira, chega à conclusão de que houve uma infração cometida por Canobbio. Esta determinação foi feita após a revisão do lance por dois ângulos distintos, o que reforçou a percepção de falta e consolidou a base para a recomendação de revisão.
Decisão do VAR: A Análise Minuciosa da CBF
Vieira, então, orienta o árbitro principal Rodrigo de Lima com uma sugestão clara para a revisão da jogada: "Rodrigo, sugiro revisão para possível falta. Na retomada de bola ele atinge o pé do adversário e depois toca a bola, impedindo ele de prosseguir na jogada".
Por fim, o árbitro de campo, Rodrigo de Lima , alinha-se à interpretação de seu colega do VAR, finalizando o processo decisório com a seguinte declaração: "O jogador de amarelo, dribla, é tocado e o jogador do Fluminense não pega a bola. Só pega o adversário. Foi uma falta lá atrás. Para vocês também é falta, não é isso? Estou voltando com falta sem cartão". A concordância do árbitro de campo selou a anulação do gol, gerando discussões intensas sobre a aplicação do protocolo e a subjetividade das interpretações em momentos cruciais do futebol.
Diálogo Completo: A Confirmação da Falta e a Polêmica Arbitral
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