Fluminense: O Que Acontece com Cano? Análise da Baixa Ofensiva Tricolor

O ícone do Fluminense e figura central na histórica campanha da Libertadores de 2023, Germán Cano, experimenta um panorama drasticamente distinto no corrente ano. Pela primeira vez desde sua chegada ao clube das Laranjeiras, o atacante argentino encontra-se sob intenso questionamento, culminando em manifestações de desaprovação, ainda que pontuais, durante a derrota por 2 a 0 para o Vasco, no Maracanã, em confronto válido pelo Campeonato Brasileiro.

Embora seu registro anual contabilize vinte tentos, o artilheiro tricolor balançou as redes em uma solitária ocasião nas últimas treze aparições. Tal estatística sublinha uma fase de notável declínio técnico, marcada por uma profusão de equívocos em campo.

Sob a batuta de Renato Gaúcho, Cano havia cedido a condição de titular para Everaldo. Contudo, a chegada de Zubeldía ao comando técnico representou um novo fôlego para o camisa 14, que reassumiu a posição inicial em quatro dos seis embates disputados sob o novo treinador, além de ter sido acionado no decorrer do segundo tempo em partida contra o Mirassol.

O Desempenho Questionável do Artilheiro

Contudo, o que se observou foi um desempenho caracterizado por escassas finalizações e uma série de imprecisões ao tentar desvincular-se da área, movimentos que frequentemente resultaram em oportunidades de contra-ataque para os oponentes. O ponto culminante dessa fase de incertezas foi a performance contra o Cruz-Maltino, onde, logo nos instantes iniciais, desperdiçou uma chance cristalina, finalizando diretamente nas mãos do goleiro Léo Jardim.

Em sua coletiva de imprensa após o revés contra o Vasco, Zubeldía fez questão de sair em defesa de Cano, um atleta que ele conhece profundamente desde os tempos de Lanús. O técnico estendeu sua análise para incluir John Kennedy e Everaldo , contextualizando a situação dentro de um cenário mais amplo de dificuldade do setor ofensivo, que tem se mostrado ineficaz e provocado a insatisfação crescente dos torcedores.

A Visão Tática de Zubeldía e a Pressão por Resultados

"Germán é goleador, é uma peça importante para a equipe, já falei isso. E se hoje ele fizesse um gol pela marcação alta que fizemos, já estaríamos falando outra coisa. Goleadores são assim. Goleadores quando aparecem e fazem gol, nos abraçamos todos. Quando não fazem gol, pedimos o que não está jogando", afirmou o treinador, ressaltando a volubilidade da percepção pública.

"Se tivéssemos feito o gol, estaria tudo bem. Não fizemos o gol e começamos a discutir porque jogou um e porque não jogou outro. Tudo se analisa por causa do resultado. O primeiro tempo saímos injustamente perdendo por 1 a 0. Tivemos oportunidades, pressionamos o rival, tivemos lances mais que claras? Depois, quando o resultado não vem, discutimos por não jogou John Kennedy, porque jogou tal jogador. É uma decisão que cabe a mim. Simplesmente isso. Respeito Germán, respeito John Kennedy, respeito Everaldo ", concluiu Zubeldía, enfatizando a primazia de suas escolhas e o impacto do placar na avaliação do desempenho.