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Fluminense no Mundial: Análise da Virada de Renato e Impacto dos Reservas
Por Redação FutFlu em 22/06/2025 05:41
O Fluminense vivenciou momentos de grande tensão em sua segunda aparição no torneio global, mas a capacidade de reação da equipe, impulsionada por escolhas estratégicas do técnico Renato Gaúcho e a entrada de atletas do banco de reservas, foi fundamental para evitar um cenário ainda mais delicado. A vitória por 4 a 2 sobre o Ulsan não apenas assegurou uma posição mais confortável na competição, mas também ressaltou a profundidade do elenco tricolor.
A Reconfiguração Tática e a Virada Crucial
Para o embate decisivo contra o representante sul-coreano, o comando técnico do Fluminense optou por uma substancial alteração na formação inicial, promovendo cinco modificações em comparação ao time que enfrentou o Borussia Dortmund. Essa reconfiguração visava infundir nova dinâmica e energia ao conjunto, buscando uma abordagem mais ofensiva desde o apito inicial. Inicialmente, a estratégia pareceu surtir efeito, com o Fluminense abrindo o marcador e demonstrando boa desenvoltura no ataque. Contudo, a partida tomou um rumo inesperado quando o Ulsan conseguiu reverter o placar para 2 a 1 ainda no primeiro tempo, colocando a equipe brasileira em uma situação de considerável pressão.
A adversidade acendeu um alerta. Caso o resultado desfavorável persistisse, o Fluminense se veria obrigado a disputar uma "final" contra o Mamelodi Sundowns na rodada derradeira, dependendo ainda de um triunfo do Dortmund sobre o Ulsan para avançar. Foi neste ponto crítico que Renato Gaúcho, com perspicácia, acionou peças-chave do banco: Keno e Nonato. A entrada da dupla transformou o panorama do confronto. Keno , com sua capacidade de drible e velocidade, começou a desestruturar a defesa adversária, enquanto Nonato , com sua visão de jogo e precisão, foi o responsável pelo gol que restabeleceu a igualdade no placar. O atacante, em particular, assumiu um protagonismo notável nas ações individuais, sendo recompensado com um gol nos instantes finais, consolidando a reviravolta. Vale ressaltar que, dos dois, apenas Nonato havia participado da partida de estreia.
As Modificações Estratégicas de Renato: Quem Entrou e Quem Saiu
A aposta do treinador em novos nomes para iniciar o confronto contra o Ulsan foi clara, buscando oxigenar a equipe e adaptar-se às exigências do adversário e do desgaste físico. Abaixo, detalhamos as alterações promovidas:
Saíram (em relação ao jogo vs. Dortmund) | Entraram (para o jogo vs. Ulsan) |
---|---|
Renê | Fuentes |
Samuel Xavier | Guga |
Nonato | Ganso |
Canobbio | Serna |
Everaldo | Cano |
Essas mudanças, embora tenham gerado um início promissor com a abertura do placar, também coincidiram com o período de desatenção que permitiu a virada do Ulsan. A análise pós-jogo do comandante técnico, contudo, apontou para uma causa mais abrangente do que simplesmente as alterações táticas.
A Perspectiva do Treinador: Foco e Concentração Acima de Tudo
Após a partida, o técnico Renato Gaúcho abordou o desempenho da equipe, refutando a ideia de que as modificações na escalação inicial seriam a razão para os momentos de instabilidade. Para ele, o cerne da questão reside na perda de concentração do coletivo durante o jogo, e não em deficiências técnicas dos atletas que entraram em campo. A fala do treinador sublinha a importância da mentalidade vencedora e da atenção contínua, independentemente da formação tática ou dos nomes em campo.
Independentemente do time que entra em campo, tem de estar focado. Não foram as mexidas. Estávamos bem na partida com as cinco mexidas, estávamos criando, fizemos o primeiro gol e precisamos ficar focados. Não ficamos. Isso não pode acontecer. Pagamos por isso e poderíamos pagar caro.
Rumo ao Próximo Desafio: Mamelodi e a Gestão do Elenco
Com a classificação para a próxima fase em jogo, o Fluminense se prepara para o confronto decisivo contra o Mamelodi Sundowns. Renato Gaúcho já sinalizou que novas mudanças no time titular são prováveis, reiterando sua confiança em todo o grupo e a necessidade de gerir o desgaste físico dos atletas em um calendário apertado de jogos. A experiência em torneios de tiro curto, como o Mundial de Clubes, exige uma rotação inteligente para manter o alto nível de performance.
É tudo isso: o adversário, o que precisamos, o físico... Todos os clubes têm feito isso. Eu confio no meu grupo todo, qualquer um pode começar a próxima partida. É muito difícil vir para um torneio como esse, principalmente depois do jogo contra o Borussia, e colocar o mesmo time em campo. Os jogadores que jogaram no outro e nesse jogo saíram exaustos. Imagina se eu começo com os 11. É preciso ter mudanças, é difícil jogar a cada três dias e manter o mesmo ritmo. Vão ter mudanças para o próximo jogo, justamente para entrarmos 100%.
O Fluminense chega ao embate contra o Mamelodi Sundowns com a confortável vantagem de poder empatar para garantir sua passagem. Essa posição mais tranquila é um reflexo direto da crucial reviravolta protagonizada contra o Ulsan na etapa final do jogo, um momento que, sem a intervenção dos reservas e a capacidade de adaptação do time, poderia ter transformado o próximo desafio em um cenário de tensão ainda maior.
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