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Fluminense na Copa do Brasil: Estratégia Vencedora Contra Escolhas Repetidas do Inter
Por Redação FutFlu em 07/08/2025 09:15
A Classificação Tricolor: Resiliência e Pragmatismo
O Fluminense assegurou sua passagem para as quartas de final da Copa do Brasil, superando o Internacional em um confronto que expôs tanto as virtudes quanto as fragilidades de ambas as equipes. No Maracanã, o empate por 1 a 1, que resultou em um placar agregado de 3 a 2, foi suficiente para garantir a progressão do time de Renato Gaúcho. A atuação, embora marcada por imprecisões técnicas e um segundo tempo de tensão desnecessária, demonstrou a capacidade tricolor de capitalizar a vantagem obtida fora de casa e gerenciar o resultado crucial.
A concepção tática inicial do Fluminense foi, de fato, perspicaz: uma abordagem de pressão alta, transições rápidas na posse de bola e uma presença ofensiva marcante com Serna e Canobbio. Contudo, essa execução exemplar teve uma duração efêmera. A equipe recuou suas linhas prematuramente e incorreu em equívocos técnicos que, em um contexto de mata-mata, poderiam ter custado a classificação.
A substituição de Nonato por Lima, ainda que tardia, promoveu um reequilíbrio momentâneo no meio-campo. O gol marcado logo após o retorno do intervalo parecia ter selado o destino do embate. No entanto, o gol sofrido e a subsequente pressão imposta pelo adversário ressaltaram uma clara deficiência no controle emocional e uma carência de soluções ofensivas mais elaboradas por parte do time carioca.

O Paradoxo Colorada: Teimosia Tática e Desorganização
Do lado gaúcho, a história se repetiu em um ciclo de escolhas táticas que beiram a obstinação. O técnico Roger Machado optou por abandonar o esquema 3-5-2 que havia utilizado na partida anterior, retornando ao previsível 4-2-3-1. Essa persistência em um modelo que se mostra saturado foi acompanhada pela aposta em atletas cuja performance é constantemente questionada, como Ronaldo, que cometeu uma falha determinante no lance que originou o gol sofrido.
A lentidão na construção de jogadas, a escassa agressividade ofensiva e as recorrentes falhas defensivas pintam o retrato de um Internacional que parece ter estagnado no tempo. A própria diretoria do clube não está isenta de responsabilidade, contribuindo para essa paralisia com reforços aquém do necessário, peças mal regularizadas e uma série de equívocos na montagem do elenco.
O comandante técnico do Internacional, apesar do respaldo interno, vê sua base de apoio na torcida diminuir e sua credibilidade profissional erodir a cada partida. A ausência de ideias inovadoras, a falta de intensidade e a limitada capacidade de reação expõem a fragilidade de um trabalho que, aparentemente, atingiu seu limite de eficácia.
Os dados a seguir reforçam o diagnóstico da performance do Internacional em competições eliminatórias:
Período | Mata-matas Disputados | Eliminações |
---|---|---|
Desde 2021 | 14 | 12 |
A evidente exaustão e a manutenção de um modelo que se mostra ineficaz parecem mais um retrocesso do que uma aposta estratégica para o futuro do clube.
O Desafio do Fluminense: Gerenciando a Tripla Jornada
Renato Gaúcho, por sua vez, enfrenta agora o complexo desafio de manter um elenco competitivo em três frentes de disputa simultâneas: o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e a Copa Libertadores. O desgaste físico e técnico da equipe já começa a se manifestar, e a verdadeira profundidade do grupo será rigorosamente testada nas próximas semanas e meses. A gestão de minutos e a rotação de jogadores serão elementos cruciais para a sustentabilidade do desempenho tricolor.
Do ponto de vista puramente técnico, a partida foi de baixa qualidade, caracterizada por um volume excessivo de erros não forçados, um aproveitamento de passes aquém do ideal e uma criatividade ofensiva limitada em ambas as equipes. A distinção fundamental entre os dois times residiu na mentalidade. O Fluminense demonstrou eficiência, mesmo em meio às adversidades, e soube sobreviver ao confronto. O Internacional, por outro lado, mostrou-se inofensivo e pagou um preço elevado por suas escolhas equivocadas. Em competições de copa, essa diferença de abordagem costuma ser o fator determinante.
Ao final, a sensação que prevaleceu foi a de que uma equipe experiente conseguiu superar sua própria atuação irregular através de inteligência tática e uma mentalidade vencedora. Em contrapartida, a outra afundou em sua intransigência tática e na desorganização estrutural. A vaga nas quartas de final coube àquele que soube interpretar as nuances de um torneio eliminatório, e não àquele que tentou vencê-lo com fórmulas já ultrapassadas.
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