Fluminense Goleia em Campo, Placar Mente: G-6 da Libertadores é Realidade!

A síntese mais precisa da performance do Fluminense reside na constatação de que o goleiro Ivan, do Internacional, foi o protagonista em campo. Este fato, por si só, revela a incongruência do placar de 1 a 0, registrado neste sábado. A realidade foi que, com um ajuste na precisão final tricolor, o Colorado teria sido impiedosamente goleado no Maracanã, naquela que se configurou como a melhor exibição da equipe sob a batuta de Zubeldía. Contudo, no pragmatismo do futebol, onde o campo não é um tribunal, os três pontos conquistados são inestimáveis na incessante perseguição por um assento no G-6, que confere o passaporte para a cobiçada Conmebol Libertadores 2025.

Fluminense Impressiona: Volume de Jogo e Sinergia Ofensiva

O triunfo ? e o notável volume de jogo ? encontra seu alicerce em um ponto crucial, ausente na derrota para o Vasco: a existência de conexões funcionais dentro do elenco. É indiscutível o salto de qualidade do Fluminense quando Lucho Acosta e John Kennedy atuam em conjunto. Não surpreende que as oportunidades mais claras da partida tenham emanado de seus pés. Somente na etapa inicial, a dupla carimbou a trave em duas ocasiões e forçou três defesas espetaculares do arqueiro adversário. Se não fosse pela atuação inspirada do já mencionado Ivan, o destino do confronto teria sido selado nos primeiros dez minutos.

É imperativo sublinhar que o Fluminense conseguiu, de forma exemplar, harmonizar duas das suas características mais valiosas. A capacidade física, o "pulmão", é um pilar do futebol contemporâneo, justificando a presença incansável de Serna e Canobbio. Embora seja possível vencer com pura transpiração, a qualidade técnica com a bola nos pés, entregue pela dupla Lucho Acosta e John Kennedy, simplifica exponencialmente o processo. Méritos também para Zubeldía, que soube adaptar-se às circunstâncias do jogo, sem confrontar o cenário, e implementou as modificações necessárias.

A equipe de Zubeldía demonstrou uma diferença de comportamento assustadoramente positiva. A forma como o time encaixou a marcação e explorou os corredores foi digna de nota. As movimentações de Lucho Acosta, Serna, Canobbio e John Kennedy, com o auxílio de um Samuel Xavier que atuou quase como um meio-campista, geraram um vasto espaço no campo. Juntos, Lucho e John Kennedy infundiram velocidade e inteligência ao setor ofensivo do Fluminense . O Tricolor ganha substancialmente em troca de passes, tabelas e infiltrações quando essa dupla está em sintonia. Foi assim que o camisa 99 teve três chances claras de balançar as redes, acertando a trave em uma e vendo Ivan realizar duas grandes defesas em outras. Lucho também acertou o poste em uma oportunidade.

Zubeldía e a Trajetória Ascendente: Rumo à Conmebol Libertadores

Pesa, igualmente, a opção estratégica do Internacional em se fiar apenas nos contra-ataques. Com uma linha de três zagueiros e três volantes, o esquema de Ramón Diaz parecia satisfeito com a perspectiva de um empate. A única ameaça colorada surgiu de um erro na saída de bola do Tricolor, que Vitinho quase converteu. Fora isso, a equipe gaúcha limitou-se a rifar a bola, cedendo o controle das ações ao Fluminense .

Naturalmente, o retorno para a segunda etapa trouxe uma expectativa de resposta do Colorado. Ramón Diaz efetuou três substituições, mas a melhora do Internacional foi mínima. A pressão do Fluminense persistiu diante de um adversário que se mostrava complacente com o empate, mesmo com a alteração tática (de um 5-3-2 para um 4-5-1). O gol, que era uma questão de tempo, veio com Samuel Xavier , cuja atuação como um quase-meio-campista já havíamos destacado. Uma tabela com John Kennedy, uma infiltração na grande área e um chute preciso coroaram sua excelente jornada. Embora seus 35 anos possam prejudicá-lo em uma eventual convocação para a Seleção Brasileira, seu desempenho neste ano é, sem dúvida, digno de reconhecimento.

Se a situação já era desfavorável no 0 a 0, estar em desvantagem no placar apenas agravou o cenário para o Internacional. Ao se expor, a equipe viu-se sob uma enxurrada de contra-ataques que poderiam ter sacramentado uma vitória ainda mais elástica. Neste momento, uma nova demonstração da leitura tática apurada de Zubeldía. Ao perceber o desgaste do meio-campo, as substituições vieram prontamente. A dupla Lucho Acosta-John Kennedy deu lugar a Lima -Cano. O centroavante argentino teve duas chances claras de ampliar, mas a pontaria falhou.

Ao apito final, a certeza é de que o Fluminense está plenamente engajado na disputa por uma vaga na Conmebol Libertadores 2025. O Tricolor alcançou 44 pontos e ocupa a sétima posição. O próximo desafio, na quarta-feira, será contra o Ceará, novamente no Maracanã. São três pontos inegociáveis para uma equipe que já almejava a Libertadores e que agora se inseriu de vez na briga direta pelo G-6.

Fluminense: Cenário Atual e Próximos Desafios

O próximo passo é consolidar a evolução. Todas as quatro vitórias de Zubeldía pelo Fluminense foram conquistadas no Maracanã. Além de manter este desempenho em casa, o desafio agora é triunfar em confrontos fora de seus domínios. Com 44 pontos, o Tricolor se aproxima de forma consistente do G-6 do Brasileirão 2025, com uma sequência de jogos considerados acessíveis pela frente. É imperativo somar o máximo de pontos possível para incomodar os times do topo da tabela, antes da sequência de confrontos mais desafiadores.