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Fluminense G6: O Incomum Jejum de Gols dos Atacantes no Brasileirão

Por Redação FutFlu em 30/10/2025 12:46

O Fluminense assegurou sua posição no G6 do Campeonato Brasileiro, um feito notável após a vitória por 1 a 0 sobre o Ceará no Maracanã, com um gol decisivo de falta marcado por Renê. Contudo, essa ascensão na tabela mascara uma preocupante realidade: a ineficácia do setor ofensivo. Nos últimos cinco compromissos, os jogadores de ataque do Tricolor não conseguiram balançar as redes adversárias, acendendo um sinal de alerta sobre a capacidade de finalização da equipe.

A análise dos resultados recentes revela um padrão. Na vitória contra o Juventude, foi Thiago Silva quem garantiu os pontos cruciais nos instantes finais. Posteriormente, contra o Internacional, Samuel Xavier, outro defensor, foi o responsável por assegurar o triunfo. Mesmo no revés para o Mirassol, longe de seus domínios, o gol tricolor veio dos pés de Martinelli, um meio-campista. A ausência de nomes de ataque na lista de artilheiros nesses confrontos é notável.

Para encontrar o último registro de um atacante tricolor marcando, é preciso retroceder à expressiva vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-MG, no Maracanã. Naquela ocasião, Kevin Serna e Keno foram os responsáveis por garantir os três pontos com seus tentos, um cenário que contrasta drasticamente com a atual sequência.

A Seca no Ataque: Um Paradoxo na Boa Fase Tricolor

O confronto diante do Ceará serviu como um microcosmo dessa realidade. Apesar de um segundo tempo com domínio tricolor e uma bola na trave de Canobbio, a equipe não conseguiu superar o goleiro Bruno Ferreira para ampliar o placar. A incapacidade de converter as oportunidades e, consequentemente, afastar o risco nos minutos finais, foi um ponto central nas análises do técnico Zubeldía durante sua coletiva pós-jogo.

Individualmente, o meio-campo tem demonstrado qualidade, com Lucho Acosta elevando o nível de passe e exibindo performances consistentes. No entanto, mesmo com essa construção de jogadas, a finalização dos atacantes não tem sido suficientemente incisiva, resultando em chances desperdiçadas.

A percepção do treinador sobre a ausência de 'contundência' é clara e foi explicitada em suas declarações:

No jogo contra o Inter e neste último merecíamos concretizar mais as finalizações. Às vezes acontece que somos conscientes de que estamos tendo situações e não tomamos a melhor decisão para ampliar o resultado. Tinha a sensação de que se fizéssemos o segundo, chegaríamos ao terceiro. Tem que melhorar porque sempre que uma equipe que tem contundência? Pego o exemplo do Vasco, que ganhou com contundência em criar diversas chances de gol. Colocaram 2 a 0 (em vitória sobre o Flu) praticamente sem um chute limpo e situações de gol. Contundência no futebol é sempre muito importante. Jogadores que fazem gols sempre valem mais.

Zubeldía e o 'Lindo Desafio' da Eficiência

Zubeldía concluiu sua análise com um tom desafiador, reconhecendo a necessidade de aprimoramento: "É um lindo desafio que temos pela frente para sermos uma equipe que aproveita mais as situações que têm. Poderíamos ter feito mais gols nos últimos jogos, isso é claro." A fala do técnico sublinha a urgência em transformar o volume de jogo em gols, um fator determinante para a sustentabilidade do Fluminense nas posições de elite do Campeonato Brasileiro.

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