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Fluminense: Como Zubeldía Transformou a Bola Parada em Arma Tricolor
Por Redação FutFlu em 30/10/2025 09:14
A recente vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Ceará revelou uma transformação notável em um aspecto que historicamente representava um ponto fraco para a equipe nos últimos dois anos: as jogadas de bola parada. O gol decisivo, uma cobrança de falta certeira de Renê, não apenas assegurou os três pontos que alçaram o clube ao G-6 do Brasileirão, mas também sinalizou uma mudança estratégica significativa.
Desde a chegada de Zubeldía ao comando técnico, há pouco mais de um mês, o repertório do time neste tipo de lance tem se expandido visivelmente. A efetividade não se restringiu apenas ao gol de Renê; antes, uma jogada ensaiada já havia resultado em um gol de Lucho Acosta, que, embora anulado por impedimento de Freytes, demonstrou a nova capacidade do Fluminense em criar perigo a partir de situações de bola parada.
Essa evolução tática é fruto de um foco intensivo do treinador argentino nessas jogadas, com a inclusão de um profissional dedicado exclusivamente a essa área na comissão técnica. O responsável por essa especialização é o auxiliar Carlos Gruezo, um equatoriano de 49 anos, cuja expertise tem sido fundamental para o aprimoramento tricolor.
A Nova Abordagem para Jogadas Estratégicas
Carlos Gruezo tem sido a figura central por trás do progresso. Foi ele quem Renê buscou para um abraço efusivo após o gol, e é quem conduz os treinamentos específicos com o lateral e o meia Lucho Acosta. A escolha de um batedor destro e outro canhoto permite uma variedade de cobranças, explorando diferentes ângulos e trajetórias, seja em variações abertas ou fechadas, conforme a posição da bola no campo.
? É um cara que é o responsável pela bola parada. Acaba o treino e ele fica comigo, com o Lucho e com alguns zagueiros fazendo jogadas ensaiadas. Hoje até saiu, mas estava impedido. E temos trabalhado nisso. Acho que, contra o Vasco, eu e o Lucho não batemos muito bem, e durante a semana ele nos reuniu e disse que confiava na gente. Que isso não ia mudar e seguiríamos nas cobranças, e que era para a gente confiar que faríamos o gol. Na hora eu lembrei do que ele tinha falado. Ele está sempre trabalhando para ajudar e nada mais justo do que comemorar com ele. Temos bons cabeceadores, só precisamos acertar a batida e o tempo deles para fazer mais gols de bola parada, para que, em jogos difíceis como esse, a gente consiga vencer ? declarou Renê, evidenciando a confiança depositada e o impacto do trabalho.
A fala de Renê sublinha a importância do encorajamento e da persistência nos treinamentos. A dedicação de Gruezo em aprimorar a precisão das cobranças e o timing dos cabeceadores pode ser a chave para desbloquear defesas adversárias, transformando a bola parada em uma ferramenta consistente para marcar gols, especialmente em confrontos equilibrados.
O Impacto Tático e a Busca por Gols
A dificuldade em converter oportunidades em gols tem sido uma das maiores preocupações do time de Zubeldía neste início de trabalho. Nesse cenário, o aproveitamento superior das jogadas de bola parada surge como uma alternativa promissora para mitigar essa carência ofensiva, oferecendo um caminho adicional para balançar as redes quando a construção de jogadas abertas se mostra mais desafiadora.
O técnico argentino mantém um impressionante retrospecto de 100% de aproveitamento em jogos como mandante, sem ter sua meta vazada. Contudo, o próximo desafio é replicar esse sucesso longe de seus domínios, enfrentando o Ceará novamente, desta vez no Castelão, em um confronto que testará a capacidade do Fluminense de manter sua evolução tática e consolidar a bola parada como um diferencial estratégico.
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