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Fluminense Avança na Copa do Brasil: Análise da Vaga e Desafios Futuros
Por Redação FutFlu em 07/08/2025 03:14
A Conquista da Vaga e o Espírito Competitivo
O Fluminense assegurou sua presença nas quartas de final da Copa do Brasil, superando o Internacional com um placar agregado de 3 a 2. A classificação foi confirmada após um empate em 1 a 1 no Maracanã, que sucedeu a vitória tricolor por 2 a 1 no Beira-Rio. Este avanço marca o retorno do clube carioca a esta fase da competição após um hiato de três anos.
Embora a qualidade técnica do espetáculo, por parte de ambas as equipes, tenha sido aquém do esperado, o Tricolor demonstrou uma resiliência notável, um espírito combativo que já havia sido evidenciado no mês anterior, quando se tornou o único representante brasileiro a alcançar as semifinais da Copa do Mundo de Clubes. A verdade é que a equipe que mais mereceu seguir adiante foi aquela que construiu uma vantagem sólida no primeiro confronto, e não a que exibiu um desempenho superior no segundo embate.
A partida de volta foi marcada por um elevado número de passes equivocados e uma notória falta de criatividade, especialmente nos setores ofensivos. Isso resultou em um confronto pouco emocionante. Contudo, a situação favoreceu o Fluminense , que detinha a vantagem de poder empatar para garantir sua classificação.
Estratégias Táticas e a Execução Técnica
O técnico Renato Gaúcho optou por uma formação já conhecida em duelos de alta intensidade, com um trio de volantes composto por Martinelli, Hércules e Nonato no meio-campo, e Canobbio atuando pela ala esquerda. Os instantes iniciais do jogo, contudo, criaram uma falsa impressão de domínio por parte do Fluminense .
O início do Tricolor foi de pressão sobre o Internacional, com rápida recuperação da posse de bola e manutenção da equipe no campo de ataque adversário. As melhores oportunidades surgiram dos pés e da cabeça de Serna, inclusive uma contestação de pênalti nos primeiros minutos da partida. No entanto, tanto a intensidade quanto o rendimento foram efêmeros.
Com a vantagem no placar agregado, a equipe carioca passou a adotar uma postura mais reativa, cedendo a posse de bola ao Internacional e buscando explorar contra-ataques rápidos com Serna e Canobbio. Essa estratégia, no entanto, não produziu os resultados desejados. O insucesso não se deveu a uma falha coletiva de planejamento, mas sim a deficiências técnicas individuais. O time acumulou erros de passe, perdia a bola com facilidade, a recebia de volta devido a equívocos do oponente e, novamente, a entregava. A bola foi tratada com pouca precisão durante a maior parte da etapa inicial.
A Tensão Final e o Preço da Classificação
No intervalo, Renato promoveu a entrada de Lima no lugar de Nonato , buscando aprimorar a qualidade da saída de bola. Na prática, a alteração surtiu efeito, em grande parte porque o camisa 16 não estava em sua melhor jornada. Bastaram 30 segundos após o retorno para o Fluminense ampliar a vantagem que já possuía: Canobbio se aproveitou de uma falha de Ronaldo, recuperou a bola na entrada da área e finalizou rasteiro, abrindo o marcador para o Tricolor.
O gol, que em teoria deveria ter acalmado a equipe, transformou o Fluminense em um time excessivamente conservador. A equipe passou a tentar controlar o tempo de jogo para assegurar a classificação, convidando o Internacional a avançar em seu campo de defesa. A pressão adversária aumentou, e em uma das investidas, Manoel cometeu um pênalti, convertido por Alan Patrick. Aos poucos, a pressão se intensificou, culminando em um verdadeiro sufoco, a ponto de Renato reforçar o setor defensivo com as entradas de Bernal e Thiago Santos, preocupado com as jogadas aéreas do Colorado.
Os instantes finais foram de grande apreensão no Maracanã, mas, ao término da partida, a classificação foi alcançada. Com uma dose talvez maior de sorte do que de discernimento tático, o Fluminense leva consigo importantes lições e a convicção de que, mesmo em uma noite de pouca inspiração, o objetivo primordial em competições eliminatórias é sempre a vaga. O Fluminense permanece vivo e com a ambição de conquistar o bicampeonato da Copa do Brasil. O desafio para Renato Gaúcho será manter a vitalidade deste elenco que compete em três frentes, sendo provável que o Campeonato Brasileiro acabe por pagar o preço dessa dedicação. As copas, neste momento, representam a principal fonte de esperança para os torcedores tricolores.
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