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Fluminense: Análise da Disparidade Casa x Fora – Onde o Time se Perde?

Por Redação FutFlu em 03/11/2025 09:17

O cenário do Fluminense no Campeonato Brasileiro de 2025 tem se desenhado com contornos de uma verdadeira gangorra. Sob a batuta de Zubeldía, a equipe exibe uma performance bipolar, contrastando a solidez e o domínio em seus domínios com uma fragilidade notória quando atua longe de casa. A recente derrota por 2 a 0 contra o Ceará, pela 31ª rodada, serviu como um amargo lembrete dessa dualidade, evidenciando falhas que se repetem e minam as ambições tricolores.

A estatística não mente e desenha um panorama preocupante: no Maracanã, o Fluminense ostenta um aproveitamento impecável de quatro vitórias em quatro jogos, com o diferencial notável de não ter sofrido um único gol. Em contrapartida, nas partidas como visitante, o retrospecto é desanimador, com três derrotas e um empate, acompanhado de uma média de dois gols sofridos por confronto. Este abismo de desempenho é o cerne da inconsistência que assola o clube.

O Contraste Defensivo: A Muralha Caseira e a Fragilidade Externa

A discrepância na segurança defensiva é, sem dúvida, o principal fator que distingue as duas faces do time. Em suas últimas duas atuações em casa, contra Internacional e o próprio Ceará, o Fluminense não permitiu sequer uma finalização adversária na direção de sua meta. Poucos dias depois, no reencontro com a equipe cearense fora de casa, a defesa cedeu dois gols em apenas cinco chutes direcionados ao gol, sublinhando uma vulnerabilidade gritante.

A ausência de um pilar como Thiago Silva na recente partida pode, naturalmente, influenciar o equilíbrio defensivo. Contudo, a questão transcende um único jogador. Mesmo com o experiente zagueiro em campo, o Fluminense sofreu dois gols em todas as outras três partidas disputadas como visitante sob a gestão do técnico argentino. Isso sugere um problema estrutural que demanda atenção imediata.

? Temos que, de uma ou outra maneira, corrigir. Não tem desculpa de se joga um ou outro. Tenho alternativas, o elenco está bem montado. Simplesmente, é uma questão de nós conseguirmos reverter esse dado como visitante. Temos que reverter. Assim como temos a virtude de ganhar em casa, fora está nos custando muito ? destacou Zubeldía.

A Esterilidade Ofensiva: Um Enigma Recorrente

Paralelamente à fragilidade defensiva fora de casa, o Fluminense enfrenta um desafio crônico na construção de jogadas ofensivas e na concretização de oportunidades. A dificuldade em balançar as redes é um tema que permeia a equipe, independentemente do local da partida. As últimas três vitórias, por exemplo, foram todas pelo placar mínimo de 1 a 0. Mais alarmante ainda é a constatação de que, sempre que o time sofre gols, a capacidade de somar os três pontos parece evaporar.

No embate contra o Ceará, a equipe se mostrou completamente estéril, incapaz de arquitetar qualquer lance que pudesse ser convertido em uma chance real de gol. Este cenário de inoperância ofensiva tem sido uma constante quando Lucho Acosta não está em campo para ditar o ritmo criativo.

Uma situação semelhante ocorreu na vitória por 1 a 0 sobre o Juventude, onde o gol só veio nos instantes finais, em um lance fortuito de cruzamento que desviou e encontrou Thiago Silva . Quando o meia argentino está presente, a falta de gols parece ser mais uma questão de aproveitamento das chances criadas do que propriamente de escassez na produção ofensiva.

A Seca dos Atacantes e o Calendário Desafiador

Um dado que ilustra a profundidade do problema ofensivo é a prolongada seca de gols dos atacantes. Na próxima terça-feira, completará um mês desde a última vez que um jogador de frente do elenco tricolor conseguiu marcar. O último a balançar as redes foi Keno, em 4 de outubro, em partida contra o Atlético-MG. Essa ausência de protagonismo dos homens de frente é um indicativo claro da falta de poder de fogo da equipe.

O horizonte para o Fluminense se mostra ainda mais desafiador. O time terá pela frente uma sequência implacável de confrontos contra os quatro primeiros colocados do campeonato, em ordem crescente: Mirassol, Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras. Se o objetivo é conquistar uma vaga na Libertadores, será imperativo que a equipe encontre uma maneira de reverter sua performance como visitante e buscar pontos em estádios complexos como o Mineirão e o Allianz Parque. A hora de corrigir os rumos é agora, antes que a oscilação se torne um padrão irreversível.

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Thiago

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Comentado em 03/11/2025 14:06 Aff esse tropeço fora do Maracanã não pode virar rotina
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Comentado em 03/11/2025 12:25 Precisamos do Lucho e de um funcionamento melhor fora
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Comentado em 03/11/2025 10:52 Não adianta chorar, fora tem que reagir já
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