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Abel Braga Recusa Comando Técnico do Fluminense: Os Bastidores da Decisão
Por Redação FutFlu em 25/09/2025 11:28
A recente saída do técnico Renato Gaúcho, após a precoce eliminação na Copa Sul-Americana, lançou o Fluminense em uma corrida contra o tempo para definir seu próximo comandante. Nos corredores das Laranjeiras, a figura de Abel Braga emergiu como um nome de peso, visto pela diretoria com uma possibilidade atraente para assumir a equipe até o final do ano, com a perspectiva de transitar para um cargo de diretor técnico em 2026. Contudo, apurações reveladas pelo Jogada10 indicam que, neste estágio de sua carreira, o experiente profissional não manifesta interesse em retornar à beira do campo, preferindo contribuir com o clube em funções administrativas e estratégicas, distantes das quatro linhas.
A cúpula tricolor chegou a vislumbrar na disputa da semifinal da Copa do Brasil um elemento persuasivo para a potencial negociação. Recentemente, o próprio treinador havia expressado seu descontentamento por jamais ter conquistado o torneio, a única lacuna em sua vitoriosa trajetória. Ele teve duas chances consecutivas de erguer o troféu, em 2004 e 2005, à frente de Flamengo e Fluminense , respectivamente, mas em ambas as ocasiões amargou o vice-campeonato para Santo André e Paulista de Jundiaí.
Entretanto, o calendário impõe uma nova realidade. O Fluminense terá agora o Campeonato Brasileiro como única competição até dezembro, já que o embate pela semifinal da Copa do Brasil, contra o Vasco, foi agendado para após a rodada final da principal disputa nacional. Esse cenário, sem o apelo imediato de uma final de copa, parece reduzir o ímpeto de Abel em reconsiderar sua decisão.
O Dilema do Comando Técnico: Abel Braga e a Visão dos Bastidores
A preferência de Abel Braga por um papel de bastidores não é recente. Seu último engajamento no futebol foi como coordenador técnico do Vasco em 2023, uma posição que alinha-se à sua atual inclinação. A relação de proximidade do ídolo com o presidente Mário Bittencourt e o vice Mattheus Montenegro poderia, em um ano eleitoral, ser um fator decisivo para sua chegada. No entanto, sua postura é clara: embora disposto a colaborar, o profissional não se sente motivado a assumir a função de treinador, mantendo seu desejo de atuar como diretor.
Sua última passagem como técnico pelo Fluminense , em 2022, resultou em números expressivos: 26 jogos, com 17 vitórias, quatro empates e cinco derrotas. Naquela ocasião, Abelão coroou seu trabalho com a conquista do Campeonato Carioca, um título que o clube não celebrava há uma década, superando o arquirrival Flamengo na decisão.
Legado e Continuidade: A Trajetória de Abel no Tricolor
A história de Abel Braga com o Fluminense é marcada por diversas fases. Sua primeira investida como técnico tricolor ocorreu em 2005, ano em que conduziu a equipe à glória estadual. Em junho de 2011, ele retornou para iniciar a campanha que culminaria no tetracampeonato brasileiro em 2012, um dos momentos mais memoráveis da história recente do clube. Após sua despedida de Laranjeiras em julho de 2013, o treinador voltou ao comando cinco anos mais tarde, em janeiro de 2017, permanecendo até junho de 2018.
Enquanto a busca por um novo nome prossegue, o Fluminense confirmou que o auxiliar permanente Marcão assumirá o comando interinamente. Ele estará à frente da equipe no clássico contra o Botafogo, marcado para o próximo domingo (28), às 16h (de Brasília), no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Ídolo da torcida e figura recorrente em momentos de transição, o auxiliar mais uma vez emerge como a solução imediata para garantir a competitividade do elenco.
Transição e Perspectivas: O Pós-Renato Gaúcho e os Desafios à Frente
A saída de Renato Gaúcho do Fluminense encerra um ciclo de pouco mais de quatro meses no cargo. Seu período foi marcado pela ausência de títulos e pela frustração da eliminação precoce na Copa Sul-Americana. Ele deixa o time na 8ª colocação do Campeonato Brasileiro e nas semifinais da Copa do Brasil, além de ter alcançado o 4º lugar no Mundial de Clubes. A diretoria agora tem a tarefa de escolher um nome que não apenas substitua Renato, mas que também consiga reestabelecer o caminho da equipe em um cenário de expectativas e desafios iminentes.
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